A capela do Espírito Santo, no Fundão, foi classificada como monumento de interesse público.
Situada no Largo do Espírito Santo, a capela terá sido presumivelmente fundada na primeira metade do século XVI, junto a uma pequena capela do Calvário. Possui um largo alpendre do século XIX e no interior, despojado de imaginária, destacam-se o retábulo-mor maneirista em talha dourada e alguns elementos datados, como a pia batismal (1574) ou o arco triunfal, de volta perfeita, (1630), possivelmente relativo à consagração do espaço. Segundo a portaria da secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, publicada na sexta-feira no “Diário da República”, sobressaem também alguns vestígios de decoração policromada, «que comporia um interessante conjunto decorativo com os azulejos hispano-mouriscos aí descobertos em 1980, e que já não se encontram na capela.
A classificação é justificada pelo interesse do templo como testemunho «simbólico e religioso», bem como pelo seu valor «estético, técnico e material intrínseco, à sua conceção arquitetónica e urbanística, e à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva».