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Preços de Casas na Guarda Sobem 3,1% em Janeiro

Escrito por Jornal O INTERIOR

Num ano em que ansiamos por boas notícias e as mesmas tardam em surgir, os ecos de crise económica encontram pouca resistência. Com milhares de negócios e empregos na eminência de desaparecer, poucos segmentos tiveram a oportunidade de observar resultados minimamente positivos.

Ao longo do verão de 2020 uma curiosa e algo inesperada consequência adveio da pandemia. Na busca por localidades onde o isolamento fosse praticamente garantido e o contacto com a natureza privilegiado, os distritos do interior assistiram a uma procura assinalável.

Ainda que tal possa ser uma mera tendência temporal, existem alguns dados a reter que apontam para o crescente valor do interior de Portugal. Com efeito, a Guarda assiste entre dezembro 2020 e janeiro de 2021 um considerável aumento dos preços praticados no imobiliário local.

Segundo o mais recente barómetro do imobiliário fornecido pelo portal de referência Imovirtual, o valor médio de venda das propriedades na Guarda registou um crescimento de 3,1% no período anteriormente mencionado.

Tal significa na prática que o valor de €115.848 subiu para €119.444. Colocando-se ainda assim entre os distritos do país onde é mais barato comprar casa, esta variação positiva parece indicar que existe ainda espaço para o crescimento.

O Início do Êxodo Urbano?

Uma das grandes questões que se colocam na atualidade prende-se com o impacto do teletrabalho a título permanente. Se milhares de empregos se virem abrangidos por este regime, os distritos onde a qualidade de vida é mais elevada e os preços da habitação mais acessíveis serão desde logo os maiores beneficiados. Para tal muito contribuirão alguns apoios essenciais por parte dos próprios empregadores.

Penalizados por décadas de desinvestimento e desafios económicos para superar, poderão agora estabelecer-se com as condições ideais para clusters tecnológicos. Num mundo com cada vez menos barreiras físicas e produtos transacionados de forma digital, a revolução do mundo do trabalho já começou.

Para cimentar tal tendência, é necessário apostar urgentemente nas infraestruturas essenciais para atrair famílias ao interior. Saúde, educação, telecomunicações e serviços locais competentes e céleres nos seus processos. Tal trabalho de fundo é primordial para não apenas dar fôlego aos distritos do interior, como a Guarda, mas também para os potenciar como verdadeiras alternativas de investimento para nacionais e estrangeiros.

O Mercado Imobiliário no Futuro

Como em tantas outras áreas, a futurologia é uma “ciência” inexata. Assumindo que os mecanismos de suporte ao mercado imobiliário se mantêm, bem como os apoios sociais a famílias, o impacto de uma inevitável crise possa assim ser mitigado.

Não será, portanto, de todo descabido que a Guarda beneficie de diversos fatores; desde logo os elevados preços do imobiliário praticados em grandes centros urbanos como Lisboa ou Porto podem levar muitos a considerar a venda de imóveis de cidade e passarem a beneficiar de outra tipologia de casa no interior. Foram ainda desenhados incentivos específicos de forma a atrair os indecisos ao interior do país.

Apesar dos desafios que o interior ainda apresenta a muitos dos que o consideram, os seus argumentos favoráveis poderão muito em breve resultar num ordenamento territorial mais equilibrado.

Aguardemos pelos próximos meses e os seus números para descobrir se tal se concretiza.

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