Política

Sérgio Costa aumenta pressão sobre Chaves Monteiro

Escrito por Jornal O INTERIOR

Sérgio Costa voltou a apontar baterias a Carlos Chaves Monteiro na última reunião do executivo, realizada na segunda-feira.

O vereador do PSD sem pelouros, que há 15 dias se absteve na votação do orçamento para 2021, acusou o presidente social-democrata de ter «chamado todos os presidentes de Junta, um por um, para lhes prometer milhões e milhões de euros para as obras por eles exigidas para as suas Freguesias». Segundo Sérgio Costa, o objetivo de Chaves Monteiro terá sido garantir a aprovação do orçamento na Assembleia Municipal (AM), que decorreu esta terça-feira, tendo o assunto sido debatido já depois do fecho desta edição. «São promessas de fazer em seis meses o que não foi feito durante quase dois anos. Só esperamos que não sejam promessas falsas, próprias de quem passou a correr contra o prejuízo nestes 15 dias e mais preocupado com os calendários das cúpulas partidárias de Lisboa», criticou o ex-vice-presidente da autarquia. Contactado por O INTERIOR, o presidente da Câmara recusou comentar as declarações de Sérgio Costa, afirmando que a sua relação com as Juntas de Freguesia foi «sempre leal».

«Este orçamento é ambicioso e procura ir ao encontro dos interesses e projetos das diversas entidades que se relacionam com a Câmara, que preparou de forma adequada e proporcional a sua dotação», acrescentou o edil. De resto, Chaves Monteiro disse acreditar que o orçamento seria aprovado pela AM: «Será uma irresponsabilidade total se for chumbado e colocará em causa o futuro da Guarda e os apoios para prepararmos o pós-pandemia e a recuperação da nossa economia», disse o presidente do município. Nesta sessão, Sérgio Costa responsabilizou também a Câmara por ter de pagar um milhão de euros no processo das rendas do edifício do “Bacalhau”. A sentença final foi proferida recentemente pelo Tribunal da Relação de Coimbra, que justifica a condenação pelo facto de o município não ter respondido ao recurso dentro dos prazos legais. Chaves Monteiro contestou dizendo que o vereador «devia pedir responsabilidades» ao PS por este «contrato nefasto e altamente prejudicial» para o município, que interpôs uma ação que foi julgada improcedente pelo Tribunal Judicial da Guarda. «A sentença é de 2017, mas Sérgio Costa decidiu colocá-la em 2020, não sei com que objetivos, mas não será de certeza a da verdade e do esclarecimento dos guardenses», criticou o autarca.

Sobre o autor

Jornal O INTERIOR

Leave a Reply