O “lapso” da Câmara da Guarda referente ao IMI Familiar, cujos descontos não foram comunicados às Finanças atempadamente, levou o presidente da concelhia do Partido Social Democrata, Júlio Santos, a repudiar a «má gestão que a autarquia da Guarda tem levado a cabo», segundo as palavras do próprio.
Júlio Santos receia que o reembolso demore muito tempo e lembra que a medida dos descontos do IMI Familiar destina-se às famílias mais desfavorecidas que vão pagar mais do que esperavam de IMI.
Em comunicado, o PSD afirma que, na Guarda, «há outro Costa, também este infeliz na governação, na impreparação para governar, na pose teatral e que em tempos também conseguiu iludir os cidadãos. Um presidente de câmara que desempenha o papel de um autarca de freguesia, que ao invés de trabalhar em prol do território e das suas gentes, consta que prefere andar de adega em adega e de arraial em arraial a beber uns copos e a dar umas palmadinhas nas costas aos poucos que ainda nele acreditam».
O PSD enumera algumas razões para acusar o atual executivo de «má gestão», entre elas, ainda não ter «conseguido ter chefe de divisão financeira desde que tomou posse; deixou fugir a Academia de Futebol da Associação de Futebol da Guarda para um concelho vizinho; quer deitar abaixo edifícios seculares no centro histórico da cidade para fazer parques de estacionamento; tratou de forma indigna vulneráveis refugiados colocando o nome da Guarda a abrir jornais nacionais pelos piores motivos; limitou o Simpósio Internacional de Arte Contemporânea a uma exígua sala de exposições; rejeitou 800 mil euros atribuídos pela DGArtes ao Teatro Municipal da Guarda; demonstrou não ter capacidade para fazer a Feira Ibérica de Turismo, depois de a anunciar e de gastar avultadas verbas na sua publicitação; recusa‐ se a acatar decisões vinculativas tomadas pela Assembleia Municipal; não responde a questões claras colocadas pelos deputados municipais; demonstrou falta de visão quando candidatou somente 11 fogos ao programa de apoio ao arrendamento de habitação a custos acessíveis ficando o concelho da Guarda em penúltimo nas candidaturas apresentadas à Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela; insiste em manter a assessoria de condenados pelo Tribunal».