O Presidente da República (PR) diz que a pandemia da Covid-19 é «o maior desafio dos últimos 45 anos» de Portugal contra um «adversário insidioso».
Na sua declaração ao país sobre a prorrogação do estado de emergência, Marcelo Rebelo de Sousa avisou que o «caminho é muito longo e muito exigente» e acrescentou que «a vida e a saúde exigem que a economia não pare».
Este é um «estado de emergência preventivo» para ganhar a segunda fase do combate pela vida e pela saúde. «Só ganharemos abril, se não facilitarmos, se não baixarmos a guarda», disse, alertando que «outras situações mostraram que visitas à terra custaram explosões» de casos.
O PR considerou que este «combate» tem quatro fases : a primeira foi tentar «evitar a subida descontrolada da pandemia», a segunda fase é a «das próximas semanas, do mês crucial de abril, tentando controlar o surto e privilegiando o tratamento em casa».
A terceira será «vivida nas semanas seguintes», que dependem do sucesso da segunda, já com abertura para a «descompressão possível». E a quarta fase será a da «progressiva estabilização da vida coletiva».
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, «ganhámos a primeira batalha, adiámos o pico», e com isso o país ganhou tempo para responder ao surto e a medidas económicas, agora é preciso «ganhar a segunda fase».
O Chefe de Estado assumiu também que quer «por no terreno» os apoios sociais e económicos mais «urgentes» para «proteger os grupos de maior risco». Do sucesso desta fase pode depender «passar mais rapidamente à terceira fase», sublinhou.
Nesta declaração, o Presidente apelou também aos emigrantes que adiem os seus «planos» para a Páscoa e pediu «contenção» aos demais portugueses nesta quadra. Marcelo Rebelo de Sousa admitiu ainda que a reabertura do ano letivo é o «principal caderno de encargos» para os próximos meses. E anunciou que vai conceder indultos a presos utilizando «bom senso» e «critério».