João Mourato assume como principal objetivo fazer com que o concelho da Mêda atinja os 5.000 habitantes no final do mandato – nos últimos Censos contava 4.632 residentes. O desafio foi partilhado na tomada de posse do novo executivo, realizada esta segunda-feira, e para essa meta o histórico social-democrata conta «com todos» para promover o desenvolvimento do município e a fixação de pessoas.
«Vamos governar com muita assertividade e tentaremos resolver alguns problemas como o das termas, da zona industrial, da saúde e da educação. Conto também com Luís Todo Bom [presidente da Assembleia Municipal] e do seu plano estratégico “Mêda 2030”, porque isto não se vai resolver só num ou dois anos. Não há milagres, é preciso trabalhar para que a Mêda saia desta sua dificuldade em se desenvolver», disse João Mourato, que regressa à presidência do município a que liderou durante 24 anos. Natural de Miranda do Corvo (Coimbra), onde foi presidente da Assembleia Municipal nos últimos oito anos, o autarca conta agora 74 anos mas está pronto a assumir este novo desafio e fazer da Mêda um «concelho feliz».
«Estou aqui para defender os interesses do município e não os interesses de alguém que tenham um cartão de que partido for. Serei isento, correto e respeitador de tudo e todos» porque a missão dos eleitos locais é promover «a felicidade das comunidades e trabalhar mais e melhor pelo bem-estar dos nossos concidadãos». Entre as suas prioridades está a dinamização e divulgação dos produtos endógenos, com destaque para o vinho, que considerou «uma riqueza insubstituível». João Mourato quer também relançar a promoção turística através de feiras e divulgação institucional, pois se o concelho «não tiver visibilidade, não for conhecido, não vem ninguém. Aí é que está a chave do futuro da Mêda», considerou, adiantando que vai recuperar a geminação com Cantanhede.
O edil comprometeu-se também a apoiar as IPSS, classificando-as de «fator importante de desenvolvimento» num território envelhecido, e quer a Câmara a ajudar mais o ensino para contrariar a queda do número de alunos nas escolas do concelho. O único óbice é que «os dinheiros são poucos e não dão para todas as necessidades, pelo que teremos que fazer opções», acrescentou, sublinhado que a Mêda tem que estar «na linha da frente» dos fundos comunitários porque «sem eles não se faz nada». Já da oposição espera que seja «assertiva» nos contributos para o desenvolvimento do concelho: «Tentaremos obter consensos, se não houver vence a maioria», avisou João Mourato, que anunciou a intenção de fazer uma auditoria aos serviços municipais. «A Câmara tem funcionários a mais e precisamos de saber quais são precisos. Não vou perseguir ninguém, o que quero é que trabalhem», justificou.
Acompanham João Mourato no executivo César Figueiredo e Carla Sequeira ambos da coligação PSD/CDS-PP), bem como Anselmo Sousa e Júlio Félix, eleitos pelo PS. Para a presidência da Assembleia Municipal foi eleito Luís Todo Bom, também da coligação “Juntos pela Mêda”.
Mêda com mais de 5.000 habitantes é o desafio de João Mourato
Histórico autarca social-democrata regressou à presidência do município que liderou durante 24 anos com o objetivo de desenvolver e fixar pessoas no concelho.