Política

Mariana Mortágua veio à Guarda falar de mobilidade

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Escrito por Carina Fernandes

Foi de comboio que Mariana Mortágua, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE), veio até à Guarda na passada sexta-feira. Vinda da Covilhã pela Linha da Beira Baixa, a candidata passou pela cidade mais alta para falar da mobilidade no interior.
Apesar de não eleger nenhum deputado pelo distrito, Mariana Mortágua considerou que «no interior temos muito a dizer às populações e uma das coisas que queremos dizer é que o comboio é importante. Houve um percurso de destruição da ferrovia, esta linha da Beira Baixa esteve encerrada desde 2009, abriu e hoje serve um serviço essencial às populações e nós quisemos vir mostrar isso». Sem sair da zona da Guarda-Gare, a comitiva bloquista reuniu com a Plataforma P’la Reposição das SCUT na A23, A24 e A25, que lembrou que as ligações rodoviárias têm impacto nas empresas e nas populações. «As SCUT foram criadas com fundos de coesão e depois foram transformadas em algo mais mercantil», concluiu a bloquista. A mobilidade foi outro dos problemas apontados por Orlando Faísca, um dos representantes da Plataforma, que exemplificou que «no concelho de Celorico da Beira nenhum trabalhador consegue vir de autocarro para a Guarda e chegar a horas. As pessoas têm de utilizar viatura própria». O passe único dentro da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela também foi questionado pelo empresário.
Perante estas questões, Mariana Mortágua respondeu de forma genérica dizendo que «os pontos abordados estão no nosso programa eleitoral e vão ao encontro daquilo que defendemos. As portagens não fazem sentido e deviam ser abolidas, sobretudo em situações em que não há alternativas ou quando as alternativas não oferecem segurança e servem como uma penalização da população do interior que não é imposta a mais nenhuma população de outras zonas que não têm os mesmos custos de interioridade e de deslocação», defendeu. Beatriz Realinho, cabeça de lista do BE pelo círculo eleitoral da Guarda, aproveitou a oportunidade para fazer um balanço da campanha, que tem passado por reuniões com «os oficiais de justiça, tivemos agora esta iniciativa da ferrovia, também já tivemos uma conversa aberta com as diversas associações que compõe o Parque Natural da Serra da Estrela». A jovem candidata destacou ainda que «o “feedback” que as pessoas têm dado é que o Bloco é quem tem um programa claro e adequado às suas necessidades».
Antes de reunir com a Plataforma P’la Reposição da SCUT, Mariana Mortágua foi abordada por Carla Poço, uma das representantes do grupo de pais que tentou evitar o fecho da escola de São Miguel, na Guarda, para acolher a Unidade de Emergência, Proteção e Socorro (UEPS) da GNR, que entretanto já foi instalada no local. A encarregada de educação foi até à estação de comboios «agradecer» à dirigente bloquista por o BE «ter sido o único a responder ao pedido de ajuda dos pais».

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