As comissões coordenadoras distritais do Bloco de Esquerda (BE) da Guarda e Castelo Branco anunciaram que o partido vai questionar o Governo sobre os atrasos registados na conclusão das obras de modernização do último troço da Linha da Beira Baixa, entrea a Covilhã e a Guarda.
«No dia 9 de julho de 2018 o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, acompanhado de autarcas da região, concordaram no terreno que as obras estavam a ir a bom ritmo, mas o que vemos agora são obras demoradas colocando em risco até o próprio anúncio de que o troço Covilhã-Guarda será reaberto no ano 2019», considera o BE, que diz que «os sinais de haver atrasos na obra são grandes». Nesse sentido, os bloquistas solicitaram ao deputado Heitor de Sousa que perguntasse ao Governo qual o ponto de situação nas referidas obras e, caso exista atraso, «o porquê quando as mesmas estavam previstas estar acabadas em setembro de 2019?». O BE aproveita o ensejo para saber como ficarão as ligações ao norte do país após a conclusão destas obras e nomeadamente a Coimbra. O projeto de requalificação do troço Covilhã-Guarda da Linha da Beira Baixa, encerrado há dez anos, prevê a renovação e eletrificação total da via, a remodelação de edifícios de passageiros, a automatização e supressão de passagens de nível, a reabilitação de seis pontes metálicas centenárias, a execução de sistemas de drenagem e de trabalhos de estabilização de taludes e a instalação de sinalização eletrónica e telecomunicações. A modernização destes 46 quilómetros entre as duas cidades – e as linhas da Beira Baixa e Beira Alta – representam um investimento previsto de 52 milhões de euros.