Política

André Ventura quer abolir portagens em todo o país numa legislatura

Escrito por Luís Martins

André Ventura compromete-se a abolir as portagens em todo o país numa legislatura e estima que a medida pode custar mil milhões de euros.

À chegada ao jantar/comício da Guarda, na noite desta quinta-feira, que contou com cerca de 200 pessoas, o líder do Chega disse aos jornalistas que quer começar pelas autoestradas do interior e do Algarve, mas que essa medida vai do trabalho de «uma comissão que possa avaliar os contratos de concessão um a um». «O Estado terá que compensar a concessão que fez, uma vez que negociou mal», considerou André Ventura, indicando que o Estado pagaria «pelos contribuintes esse valor de indemnização».

«Temos um estudo das Infraestruturas de Portugal, que foi feito numa altura em que se discutia – até outros partidos – se fazia sentido ou não abolir as portagens, e apontavam um valor entre 968, 965, a 1060 ou 1.070 milhões de euros como a receita total», adiantou, sem referir o estudo a que se referia.

O que o presidente do Chega indicou foi que este valor se aproxima do excedente orçamental, que em janeiro foi de 1.177 milhões de euros. No entanto, André Ventura acrescentou que «nós não podemos nacionalizar as estradas, as que são concessionadas. O que podemos é olhar para números e para contratos e fazer um compromisso com as pessoas de que estamos a trabalhar a sério nisto».

De resto, considerou que o fim do pagamento de portagens «faz muita falta ao país» e comparou com a vizinha Espanha, onde «não há portagens nas autoestradas», apesar de não ser assim. Já no discurso, André Ventura afirmou que o problema do estado da saúde no país é a «brutal incompetência» do PS. «Se o PS tivesse um pingo de vergonha não se candidatava a estas eleições», sublinhou.

Já o cabeça de lista pelo círculo da Guarda, Nuno Simões de Melo, está confiante na sua eleição e garantiu que no dia 10 de março «vai-se gritar chega nas ruas da Guarda». Saiba mais na próxima edição de O INTERIOR.

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