Alexandre Lote é o novo presidente da Federação do PS da Guarda. Candidato único às eleições realizadas na sexta-feira, o vice-presidente da Câmara de Fornos de Algodres assume como principais objetivos «ganhar as eleições autárquicas de 2021» e criar «um projeto político mobilizador».
Com 36 anos, o membro da Comissão Política Nacional do PS liderou uma lista de consenso após José Albano Marques, atual vereador em Celorico da Beira, ter desistido da corrida. Nestas eleições votaram 497 militantes, dos quais 457 sufragaram o militante fornense. Registaram-se ainda 35 votos brancos e cinco nulos. Alexandre Lote assumiu que a sua candidatura destinava-se a «unir o partido», uma unidade que disse esperar que se mantenha «nos próximos tempos». O novo líder federativo compromete-se a trabalhar «para todo o distrito» e vai procurar «abrir o partido à sociedade civil», além de pretender «valorizar muito a militância e aproximar os militantes dos processos de tomada de decisão que ocorrem dentro do partido».
Alexandre Lote quer também continuar o trabalho iniciado nas últimas legislativas, que o PS venceu no distrito da Guarda: «A organização que o partido conseguiu nesse processo deve ser mantida. Foi um momento de viragem e é com base nesse princípio que pretendemos afirmar o nosso projeto», sublinhou. A Federação guardense estava em gestão corrente desde a demissão de Pedro Fonseca, em julho de 2019, ano e meio depois de ter derrotado o jovem fornense à segunda volta. O ato eleitoral esteve inicialmente marcado para 13 de março, mas foi adiado devido à pandemia da Covid-19.
Vítor Pereira vence em Castelo Branco
Na Federação de Castelo Branco o vencedor foi Vítor Pereira. O autarca da Covilhã obteve 668 votos contra 401 de Leopoldo Rodrigues, presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, e vai suceder a Hortense Martins, que não se recandidatou ao cargo após três mandatos consecutivos.
«Foi uma vitória clara e inequívoca», declarou o também líder da concelhia socialista da Covilhã, para quem a sua eleição significa «a vontade de mudança dos militantes» do distrito. Vítor Pereira quer trabalhar «com todos» e «mobilizar o PS para que se una e congreguemos no sentido de manter o poder onde somos poder e ampliar a esfera de atuação política», disse aos jornalistas após a vitória. «Ser presidente da Federação em nada colide com o cargo de presidente da Câmara da Covilhã, muito pelo contrário», considerou também, referindo que com esta eleição «o presidente da Câmara poderá ter um posicionamento importante no cenário político nacional, no sentido de conseguir que o seu distrito tenha um papel importante a desempenhar no desenvolvimento do interior». Já a concelhia covilhanense passa a ser presidida por Catarina Martins, a número dois de Vítor Pereira, que disse não ser necessário antecipar eleições.