Originalidade do pensamento

“As pessoas que têm ideias próprias, são acima de tudo, autoconfiantes, colocam-se em causa para evoluírem e concordam ou discordam dos outros, sem precisar de os agradar.”

A semana passada falei sobre como os nossos ídolos e super heróis, nos podem inspirar a melhorar as nossas competências.

E por falar em inspiração, hoje o tema é sobre a importância da originalidade do pensamento.

Quem pensa pela sua própria cabeça, tem liberdade de espírito, competência chave para se alargar horizontes.

É tão fácil agir sem pensar, basta seguir os outros.

Um exemplo clássico do pensamento dominante é o consumismo.

Compra-se para estar na moda, compra-se para preencher o tédio ou o vazio e quanto mais se compra, mais se quer comprar.

Mas será que faz sentido alimentar este ciclo?

A construção da opinião assenta em questionar e relativizar.

A dada altura, é importante pôr em causa a cultura em que vivemos e os ensinamentos que recebemos na infância, porque uns, continuam a fazer todo o sentido, e outros, que tornam-se obsoletos em nome da nossa evolução.

Por exemplo: Quando eu era pequenina, ensinaram-me que não se devia comer de boné à mesa. Disseram-me que isso era falta de educação, mas relativizando isso, cheguei à conclusão que usar boné faz parte do estilo de quem o usa e deixei cair essa crença.

Atenção que questionar não é duvidar ou desconfiar.

Questionar é pensar sobre um determinado assunto e adotar uma posição de que reflita a nossa maneira de ser, enquanto pessoas integras, fiéis aos seus valores e princípios, daí a sua originalidade.

Uma vez que cada um tem direito à sua opinião e singularidade, não é necessário provar que nós é que temos razão, mas ainda assim caímos nessa tentação.

Quanto às pessoas que são céticas ou desconfiadas, elas de facto têm muitas dúvidas, receiam não fazer a melhor escolha e são descrentes, sentimento nada favorável ao progresso.

As pessoas que têm ideias próprias, são acima de tudo, autoconfiantes, colocam-se em causa para evoluírem e concordam ou discordam dos outros, sem precisar de os agradar.

Aqui o colocar-se em causa é o questionamento construtivo. Se tivermos em conta que podemos evoluir em várias direções, é importante acreditar que se faz a melhor escolha em cada momento, ainda que nos enganemos, assumimos.

Outra vantagem da originalidade de pensamento, é que quando somos coerentes com a nossa maneira de ser, ou seja, quando somos iguais a nós próprios, a liberdade de espírito permite-nos alargar horizontes, elemento essencial da qualidade de vida e bem-estar.

Olha e tu? Já pensaste na liberdade do teu pensamento?

Sobre o autor

Catarina Flor de Lima

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