O amor de todos os dias

“O segredo está no que fazemos para nos agradarmos a nós, não para agradar os outros. Falo de uma prova de amor que damos, antes de mais, a nós próprios e que depois o resto acontece”

Hoje não vou falar sobre o amor perfeito, vou falar sobre o amor de todos os dias.

Quando explorei o tema da casa catita, falei da forma como se cuida da casa pelo prazer de a ter bonita e arranjada.

Tudo o que se faz com prazer ou com amor, não cansa, enche-nos de alegria e preenche-nos o coração.

Quando damos o nosso melhor ao que gostamos a sério, deixamo-nos conduzir pelo amor que sentimos em relação ao que nos interessa: às pessoas, ao trabalho, aos hobbies, à casa, etc.

Este amor faz uma pessoa sentir-se tão bem, que é talvez o sentimento mais nobre que se pode alimentar.

Exemplos práticos no dia-a-dia:

O trabalho em regime de voluntariado, quando se faz pôr livre iniciativa, e quando nos entregamos à causa, permite-nos sentir o que é estar de coração cheio. Se por acaso já tiveste esta experiência, sabes bem do que falo.

A prova de amor mais singela, revela-se no tempo e atenção que dedicamos ao que importa, pelo bem que isso nos faz sentir.

Quando ajudamos alguém pelo prazer de contribuir para o bem-estar desta pessoa, seja conhecida ou não, estamos a alimentar o nosso bem-estar.

O amor é por isso um sentimento egoísta. Manifestamos amor porque acima de tudo queremos ser felizes, e estar consciente disso, faz com que o foco esteja no bem que isso nos faz, porque o que se faz por obrigação ou com sacrifício, também pode ser feito como um gesto de amor próprio.

Muitas vezes nós dizemos: “eu tenho que limpar a casa”. “eu tenho que estudar” eu tenho que trabalhar”, enfim um sem número de obrigações que aborrecem.

Se mudarmos o foco para o bem-estar que queremos sentir, a motivação é outra. Eu já não digo “ eu tenho que” e passo a dizer “ eu quero” ou “eu vou”.

Então: “eu vou limpar a casa” porque eu preciso de me sentir bem.

Eu quero estudar, porque acredito que a minha vida vai ser melhor se o fizer.

A isto se chama adiar a recompensa. Eu vou ser feliz depois de fazer isto ou aquilo.

O segredo está no que fazemos para nos agradarmos a nós, não para agradar os outros. Falo de uma prova de amor que damos, antes de mais, a nós próprios e que depois o resto acontece.

Pode-se manifestar o amor por palavras, dizendo a alguém o quanto o apreciamos ou admiramos. Com um elogio sincero, quando valorizamos uma pessoa também nos valorizamos.

Pode-se manifestar o amor através de um gesto ou ação que demonstre a nossa disponibilidade para o outro, o que quer dizer, estamos juntos e isso preenche o nosso coração.

As pessoas mais físicas gostam do toque. O dar a mão, um abraço sentido ou um beijo, podem fazer toda a diferença no nosso dia.

A boa noticia, é que este amor não se esgota, renova-se. Quem dá, tem mais para dar!

Se quiseres aprofundar este tema, sugiro um livro do Osho, Amor, Liberdade e Solidão, uma nova visão dos relacionamentos.

Olha e tu, já tinhas reparado no amor que podes manifestar ou guardas para ti?

Sobre o autor

Catarina Flor de Lima

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