Mudar a vida mas tendo sempre a sustentação, a liberdade de escolha, a transparência das instituições e dos cargos, a coerência no cumprimento de regras. Seria um programa contra a beneficência, contra a dádiva para os desfavorecidos, contra o apoio constante de subsídios. Passou-se! Não, pelo contrário defendo os contratos sociais. És pobre? Recebeste uma casa da comunidade? Tens de garantir que a cuidas e a respeitas, e a manténs digna. Recebeste subsídios do Estado de reinserção ou de rendimento mínimo? Não podes estar alcoolizado, não podes andar a raspar o dinheiro que não é teu. Estes dinheiros não são reformas, são subsídios por te afirmares ou estares incapaz. Sou contra o excesso de reformas e a favor da facilitação da adaptação. Ter uma tarefa social que se cumpre com zelo melhora as pessoas. E sim, podemos aumentar o trabalho por turnos, trazer mais gente ao emprego, dar mais estabilidade a todos. Para facilitar o emprego por horários curtos, defendo a facilidade da contratualização. Só quero trabalhar dez horas – recebo na proporção dessas horas. Assim, o salário mínimo deveria aferir o valor mínimo por hora de trabalho. Só preciso de ti às terças-feiras. Também estou em crer que os serviços onde homens são substituídos por máquinas devem contribuir na mesma para a Segurança Social. Afinal, as máquinas substituem os cidadãos mas não baixam os preços. As pessoas já não têm balcões bancários, mas pagam mais taxas que nunca. Fazemos os registos online e pagamos os mesmos custos de sempre e a subir.
Substituir os cuidados continuados por compromissos sociais, por solidariedade de sangue, de família, criando apoios nos domicílios para doentes acamados com utilização de familiares desempregados a quem se dá formação e condições, e se audita na função. Nos lugares públicos temos o dever de garantir segurança às famílias e aos que passeiam, identificando os meliantes e os bandidos que impedem o prazer de todos nós. Há que ir buscar a casa quem percebemos que leva a vida a perturbar o bem-estar coletivo. Aqui incluo a proibição de claques organizadas no futebol, de bandos de idiotas a percorrer ruas protegidas pela polícia, de lugares de selvagens em campos onde queremos as famílias e os filhos a divertirem-se. Há um programa de ação para Portugal que tem de ser construído com base nos valores de sempre, sustentado na tradição dos que percebem que o trabalho, o respeito, a segurança, a saúde, a educação, são pilares sociais.
Estou-me a “endireitar”
“Afinal, as máquinas substituem os cidadãos mas não baixam os preços. As pessoas já não têm balcões bancários, mas pagam mais taxas que nunca. Fazemos os registos online e pagamos os mesmos custos de sempre e a subir.”