Uma ministra tem um marido. Um ministro tem um pai. Outro ministro tem uma empresa. O primeiro-ministro tem amigos. O Partido Socialista tem a mania.
Dizem os socialistas que ninguém pode ser prejudicado por ser familiar ou amigo de um membro do Governo. Digo eu que ninguém devia ser prejudicado por ter familiares ou amigos que sofram deste Governo.
É verdade que o Governo do PS tem o apoio maioritário na Assembleia da República. O problema com os socialistas é que a maioria absoluta rapidamente se transforma em mania absoluta.
O mantra marxista «de cada um de acordo com as suas capacidades, para cada um de acordo com as suas necessidades» foi modificado no socialismo português para «de cada um de acordo com a sua fiscalidade, para cada um de acordo com a sua familiaridade».
A resposta de António Costa a todas as questões sobre os casos, casinhos e casotas que vão surgindo sobre membros do Governo é sempre a mesma: “os cães ladram e a caravana passa” e, de caminho, recolhe o tributo.
O Governo que ofereceu uma companhia aérea a todos os portugueses em 2015 – mesmo sem o povo a ter pedido – agora diz que a vai vender. O bolso pagante até agradece, e como o mesmo sábio povo costuma dizer, “quem dá e volta a tirar, à Europa vai parar”.
Para o próximo ano muitas previsões económicas apontam para que todo o mundo seja afectado por uma recessão. Todo? Não, uma pequena nação governada por irredutíveis socialistas resiste agora e sempre ao previsor.
Se o PCP responde à invasão russa com “o melhor era haver paz no mundo”, o PS responde às crises mundiais com “o melhor era haver um mundo que nos deixasse em paz”.
* O autor escreve de acordo com a antiga
ortografia