Dois meses de mandato – o primeiro balanço

“Em jeito de conclusão, damos o nosso melhor por quem nos elegeu e tentamos servir Portugal denodadamente. Nas diversas Comissões Parlamentares e no plenário, não esqueço os guardenses e, sobretudo, não esqueço os portugueses. “

A 9 de março, no dia de reflexão antes das eleições legislativas antecipadas, muita gente não acreditava que, no dia seguinte, se poria termo ao bipartidarismo no círculo eleitoral da Guarda. Quinze mil, oitocentos e vinte e um eleitores acreditavam e, no dia das eleições, afirmaram-no, votando no partido Chega. Ao fim da noite, conforme a candidatura tinha vaticinado, gritou-se CHEGA nas ruas do distrito da Guarda.
Passada a euforia da eleição, é tempo de um primeiro balanço destes dois primeiros meses de legislatura.
Assim como Portugal se adapta à realidade de três grandes partidos com assento na Assembleia da República, também nós, deputados, muitos eleitos pela primeira vez, nos vamos adaptando, vivendo entusiasticamente, mas com alguma ansiedade, esta nova vida ao serviço de Portugal e dos portugueses, nunca esquecendo aqueles que mais diretamente foram responsáveis pela nossa eleição, os eleitores dos nossos círculos eleitorais.
Instalados no Parlamento, não se perdendo o vínculo a quem o elegeu, cada deputado é colocado em Comissões Parlamentares, trabalhando por Portugal como um todo. Assim, muito do trabalho parlamentar ocorre nas Comissões, que são 14, organizadas de acordo com a estrutura do Governo, exceto a décima quarta, a Comissão da Transparência e Estatuto dos Deputados, que é orientada para o funcionamento interno da Assembleia da República e para a capacidade legal de cada eleito exercer a sua função. Os deputados do partido Chega foram distribuídos de acordo com a sua experiência profissional, académica e apetência pelos assuntos tratados. Fui nomeado coordenador do grupo parlamentar do partido na Comissão Parlamentar da Defesa Nacional, membro efetivo na da Transparência e Estatuto dos Deputados e suplente na dos Assuntos Europeus. São Comissões cujo trabalho não incide diretamente sobre o distrito da Guarda, mas cuja repercussão atinge todo o território nacional e todos os portugueses.
Feita esta introdução, a jeito de enquadramento, sobre a organização interna da Assembleia da República, dos diferentes grupos parlamentares e deputada única, façamos então o primeiro balanço.
Ao longo destes dois meses, o partido Chega viu, pela primeira vez na história do partido, ver aprovada, a 24 de abril, uma sua proposta de resolução com impacto positivo nos doentes de Krohn, para além de ter permitido com o seu voto favorável a aprovação na generalidade de um projeto de lei sobre o IRS, favorecendo os escalões mais baixos, os que mais precisam, em detrimento dos escalões mais elevados e a aprovação na generalidade de um projeto de lei sobre a abolição das portagens na A23 e A25, com grande impacto nas populações do distrito da Guarda, conforme estava previsto no seu programa eleitoral.
Em jeito de conclusão, damos o nosso melhor por quem nos elegeu e tentamos servir Portugal denodadamente. Nas diversas Comissões Parlamentares e no plenário, não esqueço os guardenses e, sobretudo, não esqueço os portugueses. É por eles, por nós, que diariamente venho trabalhar, com entusiasmo e espírito de serviço.

* Deputado do Chega na Assembleia da República eleito pelo círculo da Guarda

NR: Nuno Simões de Melo inicia nesta edição uma colaboração mensal com O INTERIOR

Sobre o autor

Nuno Simões de Melo

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