Inaugurada há um ano, a incubadora de empresas Trancoso Invest acolhe neste momento nove empresas, de várias áreas e diferentes objetivos, do turismo arqueológico à indústria agroalimentar, passando pela agricultura de precisão.
O espaço dedicado ao empreendedorismo está localizado no centro histórico da “cidade de Bandarra” e tem como objetivo «apoiar a inovação, incentivar a criação de empresas e captar novos investimentos para o concelho». Os primeiros quatro contratos de comodato foram assinados a 22 de janeiro. Uma das empresas está ligada à herança histórica de Trancoso e pretende organizar circuitos turísticos pelo concelho e região, outra está ligada à indústria agroalimentar e vai comercializar produtos endógenos da região. Há também uma empresa que se dedica à arquitetura paisagística e que tem trabalhado em soluções para o uso sustentável da terra. Gabinetes de engenharia civil, de arquitetura, tecnologias de GPS e turismo arqueológico são outros projetos sediados na Trancoso Invest.
Os empreendedores são oriundos do concelho, mas também da África do Sul e do Canadá. «Não são muitos postos de trabalho criados, mas é muito importante terem vindo para Trancoso. As candidaturas continuam abertas, estamos a divulgar o Trancoso Invest, que é um espaço com todas as condições para trabalhar e desenvolver projetos de empreendedorismo», adianta Amílcar Salvador. A incubadora permite a instalação de empresas num curto espaço de tempo. Segundo o presidente da Câmara de Trancoso, os interessados podem candidatar-se nos primeiros quinze dias de cada mês e na segunda quinzena o município faz a análise das candidaturas. «Passados quinze dias, as empresas aprovadas poderão já estar em funcionamento», refere. As instalações e serviços da incubadora serão gratuitos nos primeiros três anos, sendo que os utilizadores terão ainda acesso a um conjunto de serviços partilhados.
«Foi uma aposta certa, aliás, a melhor que podíamos ter feito», congratula-se o autarca. A Trancoso Invest ocupa o edifício do antigo posto da GNR, no centro histórico, e disponibiliza espaços de “coworking”, gabinetes com capacidade para 45 postos de trabalho e salas de reuniões. Inaugurado em agosto do ano passado, o empreendimento resulta de um investimento de 650 mil euros, comparticipados em 85 por cento por fundos comunitários no âmbito do Plano de Ação e Reabilitação Urbana (PARU).