A Comunidade Intermunicipal das Beira e Serra da Estrela (CIMBSE) pede ao Governo apoios específicos para ajudar as empresas têxteis e de vestuário da região a atenuar o impacto da Covid-19.
A CIMBSE acredita que as quebras que estes setores tradicionais sofreram com a crise provocada pela pandemia poderá ter um «impacto grave» num futuro próximo na economia da região, «sobretudo porque a indústria têxtil e [de] vestuário é muito representativa no total de trabalhadores da indústria transformadora da região». Nesse sentido, Luís Tadeu, presidente desta entidade supramunicipal, considera «fundamental que o Governo reforce os apoios a estas empresas, permitindo o acesso ao regime de “lay-off” simplificado e aumente as subvenções previstas para a formação para que seja possível suspender parcial e temporariamente a atividade industrial sem perda de postos de trabalho, o que é fundamental para o equilíbrio económico e social da região».
Com uma quebra de quase 30 por cento nas exportações, as empresas destes setores nas Beiras e Serra da Estrela «não têm perspetivas de retoma nos principais mercados europeus – que representam 75 por cento das exportações de têxteis e vestuário da região – nos próximos meses, temendo, por isso, pelos efeitos devastadores que isso possa ter nas empresas e no emprego na região», alerta o também presidente da Câmara de Gouveia.