Economia

159 personalidades pedem novas medidas para reabertura controlada da economia

Escrito por Luís Martins

Profissionais de saúde, empresários e gestores apelam ao regresso controlado do funcionamento da economia numa carta enviada ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República e ao primeiro-ministro. 

 No documento, divulgado esta segunda-feira pelo “Expresso” e “Observador”. as 159 personalidades recordam que é fundamental criar uma alternativa «a novos períodos de “lockdown” – que se apresentam como um modelo cego e com impacto na economia de um país» e dão como exemplo o Japão, Singapura e a Coreia do Sul para afirmar que é possível, «com medidas de contenção muito rigorosas, manter a economia e funcionamento sem “lockdown” e, ao mesmo tempo, conter a propagação do vírus».

«Acreditamos que não é possível suspender a atividade económica até que não exista qualquer risco de contágio. O nosso modelo de sociedade não suportaria uma espera tão prolongada. Mas também consideramos que seria uma atrevida inconsciência retomar a atividade sem adotar cuidados adicionais que garantam que não teremos um ressurgimento a curto e médio prazo», defendem os subscritores, apelando a que, «em consonância com o parecer dos técnicos especialistas, o estado de emergência venha a ser levantado gradualmente com a mitigação da epidemia».

Como medidas adicionais sugerem o uso obrigatório de máscaras por parte de toda a população para reduzir a transmissão do vírus e que, em caso de escassez de material, estas sejam confecionadas em casa seguindo as instruções do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas e de entidades internacionais como o Centro de Controlo de Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

O diagnóstico precoce de Covid-19, testando todos os suspeitos num prazo de 24 horas desde a manifestação de sintomas, a massificação da utilização dos testes serológicos na população portuguesa, e a utilização, com supervisão da comissão de proteção de dados, de informação cedida pelos operadores de redes móveis para identificar cidadãos eventualmente expostos a risco de contágio par serem informados via sms ou contacto telefónico são outras das medidas defendidas.

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Luís Martins

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