Cultura

Reflexo Imperfeito apresenta “Sentir Abril” na ExpoEcclesia esta noite

Reflexo Imperfeito
Escrito por Efigénia Marques

O Grupo de Intervenção Cultural da Guarda “Reflexo Imperfeito” apresenta esta noite (21 horas), na ExpoEcclesia, o espetáculo “Sentir Abril”, no âmbito das comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos.
Constituído por Albino Bárbara, Alexandre Gonçalves, Daniel Lucas, Pedro Correia e Luís Baptista-Martins, o “Reflexo Imperfeito” já atuou nas escolas básicas e secundárias da cidade, bem como no Estabelecimento Prisional, com um recital que junta a música de intervenção com a poesia. O ciclo de atuações do grupo arrancou no grande auditório da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, perante mais de 100 alunos e professores, e repetiu-se, dias depois, na Secundária da Sé, onde a professora responsável pela Biblioteca Escolar, Sandra Santos, disse a O INTERIOR que «é sempre um ato de liberdade porque foi através da palavra negada a tanta gente que se fez a Revolução e a libertação de uma ditadura, em que (felizmente) já não vivemos, e, por isso, muitas vezes não damos a importância que deveríamos».
A responsável lamentou que o “Sentir Abril” «não seja para todos os alunos, porque o futuro constrói-se a partir do presente, mas tendo por base o pano de fundo da nossa história». Para Sandra Santos é «importante todos os alunos conhecerem a nossa história para que as coisas não se repitam, e não posso deixar de dizer que, enquanto mulher (e digo isto às meninas), ainda temos muita coisa que foi conquistada para guardar».
O grupo de intervenção atuou ontem de manhã na Escola Carolina Beatriz Ângelo (CBA), onde foram recitados poemas de poetas como Sophia de Mello Breyner e Manuel Alegre, num espetáculo finalizado, como já é habitual, com a “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso, cantada pelos alunos e professores presentes, que se abraçaram ao entoarem esta música de Abril. Elogiando muito o espetáculo, Carla Tavares, professora bibliotecária da escola, afirmou que «é muito importante celebrar este dia nas escolas, porque foi um dia que não foi vivido pelos alunos e nós temo-nos apercebido pelas atividades que temos realizado que eles não têm noção que há 50 anos muitas pessoas lutaram para eles terem a liberdade que têm hoje».
O “Reflexo Imperfeito” começou por ser um podcast da Rádio Altitude e estreou-se nos palcos há quase um ano, no grande auditório do Teatro Municipal da Guarda, no sarau cultural “Abril no ALTITUDE – A Revolução passou pela Rádio”, organizado no âmbito dos 75 anos da Rádio Altitude.

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Efigénia Marques

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