Cultura

Parque Arqueológico do Vale do Côa celebra 25 anos.

Pavc
Escrito por Efigénia Marques

O Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC), sediado em Vila Nova de Foz Côa, assinalou esta terça-feira o 25º aniversário da sua criação. O parque assinala a sua atividade assente na investigação que permitiu descobrir 1.200 rochas com gravuras rupestres, tendo já recebido cerca de 271.626 visitantes.
As gravuras, predominantemente paleolíticas, estão distribuídas ao longo de 20 mil hectares de terreno, pelos concelhos de Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Mêda. Segundo Aida Carvalho, presidente da Fundação Côa Parque, «este espaço arqueológico tem um papel fundamental no desenvolvimento do território, na afirmação das suas populações e na criação de serviços na região, nomeadamente, de hotelaria e restauração». Para além do imenso património que o PAVC já possui, há ainda escavações e investigações a decorrer, nomeadamente no sítio de arte paleolítico do Fariseu, onde foi recentemente descoberta a maior gravura rupestre ao ar livre, na Cardina-Salto do Boi e já do outro lado da fronteira, em Siega Verde (Salamanca).
Aida Carvalho referiu também que os visitantes foram-se alterando ao longo destes 25 anos. «O visitante já não é um mero consumidor de produtos fechados, oferecidos pelas agências de viagens, é muito participativo, quer na programação da sua viagem, quer no tipo de produtos que consome, procurando novas ofertas culturais, novos territórios e, acima de tudo, experiências marcantes e desafiantes». Citado pela agência Lusa, João Zilhão, ex-diretor do antigo Instituto Português de Arqueologia e primeiro diretor do PAVC, garante que o parque é de uma «enorme importância» para a região: «Hoje, chegamos a Vila Nova de Foz Côa e a primeira coisa que vemos são os cartazes do município e de outras entidades proclamando com orgulho que Foz Côa é o único concelho do país com dois monumentos do património mundial, o Douro Vinhateiro e a sua arte paleolítica».
O arqueólogo referiu ainda que é crucial a criação de um plano de ordenamento da área do parque, «sem o qual a paisagem que enquadra as gravuras corre o risco de, a prazo, ser profundamente alterada». Quanto a isto, foi já publicado em Diário da República que está já em curso o Programa Especial do Parque Arqueológico (PEPA) do Vale do Côa, para ajudar a preservar aquele que é considerado Monumento Nacional e Património da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.

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Efigénia Marques

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