Vila Nova de Foz Côa vai ser, a partir desta sexta-feira, a capital portuguesa da arte contemporânea com a inauguração da exposição “Dark Safari” no Museu do Côa e no Centro Cultural da cidade.
Os dois espaços vão acolher até 30 de julho mais de 40 obras da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE). Trata-se da primeira etapa da itinerância deste espólio pelo país e reúne quadros de artistas plásticos nacionais e estrangeiros, adquiridos em 2020 e 2021, como A.R. Penk, Ana Cardoso, Ana Manso, Ana Pérez-Quiroga, André Cepeda, Andy Warhol, Armanda Duarte e Bruno Pacheco. Catarina Botelho, Diogo Bolota, Eduardo Matos, Fernão Cruz, Francisca Carvalho, Gabriel Abrantes, Gonçalo Barreiros, Gustavo Sumpta, Helena Almeida, Hugo Canoilas e Jimmie Durham são outros dos protagonistas desta mostra magistral. “Dark Africa” inclui ainda obras de João Fonte Santa, Joaquim Rodrigo, Jorge Queiroz, José Luís Neto, Kiluanji Kia Henda, Luís Lázaro Matos, Maria José Oliveira, Mariana Gomes, Mário Cesariny, Mattia Denisse, Nikias Skapinakis, On Kawara, Patrícia Garrido, Pedro A.H. Paixão, Pedro Sousa Vieira, Pizz Buin, Renato Ferrão, Rui Calçada Bastos, Sara Bichão, Susana Gaudêncio, Tiago Alexandre, Tiago Baptista e Vanda Madureira.
Com curadoria dos artistas Sara & André e Manuel João Vieira, a exposição resulta de uma parceria entre a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), a Fundação Côa Parque e o município de Foz Côa. A CACE é uma coleção de natureza pública, iniciada pelo Estado em 1976, através da antiga secretaria de Estado da Cultura e composta por obras realizadas em diversos suportes (pintura, desenho, gravura, fotografia, escultura, vídeo, instalação), na sua maioria, mas não exclusivamente de artistas portugueses. Tutelada pelo Ministério da Cultura, através da DGPC, encontra-se depositada e disponível na Fundação de Serralves, Fundação do Centro Cultural de Belém, Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, Centro de Arte Contemporânea de Coimbra e no Museu de Aveiro, entre muitas outras instituições.
Tendo permanecido durante muito tempo uma coleção paralisada, sem novas aquisições, e fechada em depósito, na maioria dos casos, a CACE foi reativada em 2019, no âmbito de uma política pública de arte contemporânea que privilegia a criação artística nacional e a sua fruição em todo o território. “Dark Africa” será inaugurada pelas 16h30 de sexta-feira no Museu do Côa, numa cerimónia que contará com a presença do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.