O Fundão está a projetar a criação da Casa Amália Rodrigues na Rua da Cale, no centro histórico da cidade, onde serão expostas peças relacionadas com a vida e carreira da fadista, que nasceu no Fundão, relação que também vai ser explorada no espaço a desenvolver em 2024.
«Numa primeira fase vai ser desenvolvido o conteúdo expositivo, em grande parte assente no acervo recentemente doado ao município pela assistente de Amália durante cerca de 30 anos, Estrela Carvas», adianta Alcina Cerdeira,
vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara do Fundão. Trata-se de um acervo «vasto e diversificado, com coisas muito pessoais, como poemas nunca editados, e muito material que tem agora de ser tratado por uma equipa especializada», acrescenta a responsável. Posteriormente, o objetivo é incluir mais valências, entre elas um Centro de Documentação e Recursos dedicado a Amália, ao fado, ao cancioneiro tradicional da Beira Baixa, que inspirou a fadista, e a outros fadistas, como Celeste Rodrigues, tal como os restantes irmãos da intérprete de “Estranha Forma de Vida”.
«A relação de Amália com o Fundão é um aspeto que não está refletido em nenhum espaço e que queremos explorar», destaca Alcina Cerdeira, acrescentando que o município tem estado «a trabalhar no arrendamento» do espaço onde o pai da fadista trabalhava e familiares tinham um estabelecimento comercial e residiam. A ideia é poder abrir a parte expositiva em julho de 2024, aquando da realização do Concurso de Fado Amália Rodrigues e do aniversário da fadista. A Casa Amália Rodrigues vai integrar a rede do município Casas e Lugares do Sentir do Fundão, Centro UNESCO criado em 2017 que conta com várias unidades temáticas, distribuídas por várias freguesias e que procuram preservar e transmitir os saberes e as tradições locais, aliando-lhe novas ferramentas.
Casa Amália Rodrigues vai nascer na Rua da Cale no Fundão
