Vários textos de Afonso Cruz para a infância e juventude inspiraram uma das últimas produções da companhia Trigo Limpo – Teatro ACERT, que está em cena no Teatro Municipal da Guarda esta quarta-feira.
Em “Museu do Esquecimento ou Vamos mudar o Mundo”, cinco atores e um músico dão vida a uma família e a uma história que promove o pensamento critico, a criatividade e a interação, no qual se celebra a criança como esperança da criação de um mundo melhor. Em palco, cruzam-se a memória, o passado e o futuro. «Uma loja de pássaros durante a guerra; com a queda das bombas os pássaros deixam de cantar mas o dono da loja continua o negócio; alguém foge da guerra e refugia-se na loja; quando a guerra acaba há vários refugiados na loja; um soldado pergunta quem são; estão todos de mãos dadas como uma família», lê-se na sinopse da peça.
A produção acrescenta: «Se grande parte dos museus não nos traz lembranças, um museu do esquecimento deveria não deixar esquecer, não deixar apagar memórias. E é Afonso Cruz quem dá o mote: “Devemos cozinhar crianças resignadas com o mundo ou devemos criar crianças criativas?”». A dramaturgia é de Pompeu José, que também encena, e de Catarina Requeijo, enquanto a interpretação está a cargo de Afonso Cortez, Ilda Teixeira, Pedro Sousa, Pompeu José e Sandra Santos. O espetáculo tem duas sessões, às 10 horas e às 14h30, ambas para o público escolar.