P – Foi eleito presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico da Guarda. Qual vai ser o seu contributo?
R – Se tiver sucesso: atrair os melhores professores, ensinar bem os estudantes vindos de todo o mundo que se formem de tal maneira que depois de aprender no IPG, encontrem onde Aprender a Ser e um dia Sejam ao mais elevado nível de excecução. Desde o primeiro instante o IPG ensinará aos seus estudantes que só sabe quem já fez; os outros ouviram dizer embora muitas vezes na cabeça desses haja a ilusão fatal que por ter ouvido dizer se sabe.
P – Qual é a importância de um órgão como o Conselho Geral para o funcionamento do Politécnico?
R – Garantir que os estudantes depois de Aprenderem ao mais elevado nível, tenham lugar pela sua qualidade onde Aprendam a Ser.
P – Como avalia o IPG neste momento?
R – Os professores ensinam, os estudantes aprendem e formam uma comunidade em que o Ensino é Superior.
P – Acha que deveria influir mais na região e nas empresas da região?
R – O IPG ensina bem e isso é que é influir na região para onde traz gente de todo o mundo. Acontece que desde 1992 os mesmos que agora dizem que vão reindustrializar, afirmaram, militaram para que não houvesse produção, que a Portugal bastavam os serviços… Deixou de haver os degraus de aprendiz, a operário e a mestre e nestes últimos 30 anos dizimámos a produção. O IPG foi sempre contra este empobrecimento generalizado do país, podem contar com o IPG, com o produto do IPG: estudantes que aprenderam. Como não tem havido onde vão aprender a Ser emigram com sucesso. E este é o sinal, a prova que o IPG faz bem o que tem que fazer: ensinar. Não se façam de esquecidos da política sempre seguida de que Portugal vai ser um país de serviços que levou a capacidade industrial da Guarda antes de 1992 ao que é agora. Não foi por o IPG não ter feito bem o que se lhe exige: ensinar. Foi porque, como escreveu Antero de Quental, que é sempre bom ler, especialmente agora que dizem e que se fala em reindustrialização: «Finalmente oponhamos a iniciativa do trabalho livre, a indústria do Povo». E, sobretudo, não consintamos que «o homem do Povo, não podendo já ser trabalhador, seja feito lacaio: a libré é o selo da decadência» que lhe ditaram por conceção e Design Social.
P – O que falta fazer para isso acontecer?
R – Os poderes lerem Antero de Quental em “Causas da Decadência dos Povos Peninsulares” (1871), que faz este ano cento e cinquenta anos, aprenderem e executarem a reeindustrialização como o Marquês de Pombal a fez.
P – Qual é, na sua opinião, a maior carência do Politécnico?
R – A reeindustrialização de Portugal e que a Linha da Beira Baixa seja um metro de superfície que una para a produção o Tejo ao Douro, incorporando e facilitando a fertilização cruzada do Ensino Superior da Beira Interior e a produção e a reindustrialização nesta fronteira do Condado Portucalense com o Reino de Leão.
Perfil
Fernando Carvalho Rodrigues
Recém-eleito presidente do Conselho Geral do IPG
Idade: 74 anos
Naturalidade: Casal de Cinza (Guarda)
Profissão: Engenheiro físico
Currículo (resumido): www.fernandocarvalhorodrigues.eu
Livro preferido: “The four quartets”, de T.S. Elliot, “Os Lusíadas”, de Luis Vaz de Camões e “The limits of Science”, de Planck
Filme preferido: Não tenho
Hobbies: Criar burros mirandeses e, dentro em breve, vacas jarmelistas e navegar uma canoa do Tejo