P – Foi reeleito para o terceiro mandato na presidência da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda. Como vê o facto de ter havido uma lista única a concorrer? Acha que há falta de interesse e de vontade por parte dos restantes associados? R – Para os bombeiros, a união sempre prevaleceu, assim sendo não será de estranhar que face à candidatura de uma lista agregadora, unificadora, que conseguiu congregar elementos de 15 das 23 associadas do nosso distrito essa tivesse sido assumida sem contestação. P – Qual é o ponto de situação que faz das corporações de bombeiros do distrito? R – É um ponto bastante positivo. Tanto no último DECIR – Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais, como em todo o socorro e serviço prestado às populações, os nossos corpos de bombeiros têm tido um desempenho de excelência. Poderão existir algumas questões pontuais, mas que têm sido prontamente resolvidas, contudo, na generalidade e face a esta pandemia que temos estado todos a viver, as populações do distrito da Guarda sabem que podem contar com os bombeiros. Por isso considero que as corporações de voluntários do nosso distrito têm tido um desempenho bastante positivo, de excelência. P – Quais são as maiores dificuldades que se têm vivido nos quartéis? R – A maior dificuldade tem sido conseguir agregar mais elementos voluntários para os corpos ativos devido, em parte, à baixa densidade populacional dos nossos territórios. Contudo, e apesar dessa e de outras dificuldades com que se deparam, os bombeiros, as estruturas de bombeiros do nosso distrito, estão, como sempre estiveram, operacionais e preparadas para dar resposta cabal às emergências que forem aparecendo. P – Como estão os apoios por parte do Estado? Têm sido pagos? R – Sim, à exceção dos fogos florestais do ano de 2021, que são assumidos pelas associações até haver lugar ao ressarcimento, o que agrava o quadro das despesas com que as nossas Associações Humanitárias têm que lidar. Isto porque há sempre problemas económicos associados, como o aumento do combustível, da eletricidade e das despesas com o pessoal, que estão em crescendo, sendo que os apoios são sempre inversamente proporcionais. P – Quais são os projetos da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda para o futuro? R – Neste mandato gostaríamos de poder assegurar a sustentabilidade da Federação, pois por si só as quotas das associadas não são suficientes e, neste sentido, seria importante voltar a realizar a Gala do Bombeiro do Distrito da Guarda e outros eventos, assim que esta pandemia nos permita voltar a reunir e conviver em segurança. Por outro lado, é pretensão desta direcção continuar a manter o espaço Museológico Prof. Madeira Grilo disponível na sede para fruição da comunidade escolar, principalmente para as crianças do pré-escolar e das escolas primárias. No âmbito das nossas relações institucionais, continuaremos a manter uma estreita relação com a Liga dos Bombeiros Portugueses e, no âmbito distrital, com várias instituições, como por exemplo, o Instituto Politécnico da Guarda, com o qual mantemos uma parceria que tornou possível a realização de uma Pós-Graduação em Protecção Civil e Comunicação que tem sido uma mais-valia para a formação de bombeiros e de outros interessados nestes temas.
PAULO AMARAL
Idade: 57 anos
Naturalidade: Mêda Profissão: Consultor / Formador
Currículo (resumido): Mestre em Sistemas de Informação Geográfica (UBI); Ex-autarca;
Filme preferido: Match-Point, de Woody Allen Livro preferido: Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry”
Hobbies: Conviver com amigos.