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Um cliente desiludido

Vista como uma das maiores empresas de electrodomésticos de toda a região, a Gonçalves & Gonçalves (GG), da Guarda, desiludiu-me, e de que maneira, há poucos dias. Alerto todos os clientes para terem cuidado e pensarem duas vezes antes de fazerem qualquer negócio com eles.

Nada melhor do que contar a história. Pela segunda vez em pouco tempo, uma aparelhagem sonora que comprei naquela empresa avariou e decidi confiar-lhes novamente a reparação. No dia 3 de Outubro levei o aparelho para a oficina da GG, situada em Vale de Estrela. Disseram-me que dentro de oito dias poderia passar a buscá-la. Em vez de oito, aguardei quinze, porque já se sabe como isto é. Fui lá e… nada. Voltei lá, todas as semanas e.. nada. Andei nesta aventura até ao início deste ano, até que decidi dizer-lhes que ia levar a aparelhagem se eles não a conseguissem arranjar ou não tivessem tempo.

Um dos responsáveis da oficina levou-me à sala de reparações e mostrou-me o aparelho, desmontado. “Está a ver? Nós já começámos a trabalhar nela. Estará pronta brevemente”, disse-me. Mas afinal tudo não passa de um truque, certamente utilizado várias vezes, para evitar que os clientes queiram levar novamente os aparelhos.

Inocente, fui na cantiga. Em meados deste mês passei na oficina da GG mais uma vez e perguntei se já estava pronta ou não. O mesmo responsável foi lá dentro, fez-me esperar longos minutos e trouxe a aparelhagem. “Tome, vai conforme veio”, disse-me ele. Fiquei atónito e pedi-lhe para repetir. “É verdade, vai conforme veio”, voltou a dizer. Perguntei-lhe porquê e ele respondeu que não tinham “material para a reparação”.

Fui-me embora, mandei arranjá-la a um técnico e ele resolveu a questão num ápice. Perguntei-lhe se tinha colocado algum material no aparelho, alguma peça… e ele disse que não.

Ou seja, na Gonçalves & Gonçalves a assistência não é prestada, o atendimento é vergonhoso e, mais grave do que tudo, os iluminados funcionários que lá trabalham (será que trabalham mesmo?) tomam-nos por parvinhos, para não dizer burros.

Filipe Carvalho, carta recebida por e-mail

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