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PSD da Guarda conhece hoje veredicto

Conselho de Jurisdição Nacional decide se há ou não eleições antecipadas na concelhia

Hoje é o dia de todas as decisões no PSD da Guarda. O Conselho de Jurisdição Nacional deverá pronunciar-se sobre a polémica convocatória de eleições antecipadas na concelhia guardense, marcadas para domingo, depois da estrutura distrital ter anulado a decisão do presidente da mesa do plenário. Carlos Gonçalves está confiante que o acto vai desenrolar-se «normalmente», desde que haja «luz verde» de Lisboa, enquanto Rui Quinaz, líder da concelhia, garante que vai impugnar as eleições se se realizarem dia 15. A controvérsia veio para ficar no seio da família social-democrata da capital do distrito.

Quinze dias depois de Gonçalves ter contestado o parecer da Comissão de Jurisdição Distrital, o presidente do PSD da Guarda considera que o recurso foi «irregularmente» interposto, pois «não deu entrada» naquele organismo ao qual competia «ter conhecimento da contestação e encaminhá-la para a Comissão Nacional», explica Rui Quinaz. A aguardar uma decisão, o dirigente receia que a mesma aconteça «em cima da data limite» de apresentação de candidaturas [sexta-feira], o que significará «mais um golpe na já de si débil credibilidade do acto eleitoral». Contudo, Quinaz insiste que não conta com eleições antecipadas, uma vez que elas foram «anuladas» pelo Conselho de Jurisdição Distrital, «uma decisão justa, prudente e inevitável», garante, argumentando que nestas condições não há «condições nem legitimidade democrática» para qualquer sufrágio no PSD da Guarda. «Em caso contrário haverá uma descredibilidade da eleição e de qualquer lista concorrente, pois os militantes não sabem nem contam com eleições no domingo nem terão tempo para formar listas candidatas se assim o entenderem», adianta, classificando a situação de «grave» se o Conselho de Jurisdição Nacional validar a convocatória e permitir o escrutínio convocado por Carlos Gonçalves.

Se tal acontecer, avisa que vai impugnar o acto, invocando que a sua «democraticidade já foi posta em causa» desde o início deste processo conturbado. Quem não comunga deste ponto de vista é o presidente da mesa do plenário, para quem estão reunidas «todas as condições» para o sufrágio na concelhia da Guarda. «As eleições não estão suspensas, pois só o parecer negativo do Conselho de Jurisdição Nacional pode inviabilizá-las alegando que a convocatória não obedece aos estatutos. Por isso, o processo desenrola-se normalmente e terá lugar no domingo», sublinha Carlos Gonçalves, que prefere esperar pela decisão para fazer mais comentários. Até agora, só há uma lista conhecida, liderada por Couto Paula [apoiada por Ana Manso], que concorre acompanhado de alguns dos elementos da direcção de Quinaz, caso de José Cunha, Carlos Gonçalves, Zita Moreira, Isabel Couto e Alfredo Freire. Rui Quinaz, por sua vez, já admitiu que será candidato à concelhia em eleições em Setembro e com a condição do partido encontrar «uma solução credível e ganhadora à Câmara da Guarda».

Luis Martins

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