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UBI aumenta número de vagas

Instituição vai ter este ano 1210 vagas, apesar do fecho de quatro licenciaturas

A Universidade da Beira Interior (UBI) vai ter mais 65 vagas que no ano transacto. Ao todo, são 1.210 vagas distribuídas por 27 licenciaturas, das quais 17 funcionarão já adequadas ao Processo de Bolonha.

Um aumento que se deve, sobretudo, aos cursos nas áreas da saúde, nomeadamente nos mais 20 lugares destinados a Medicina (100 no total) e na criação do curso de Ciências Farmacêuticas, que terá 45 vagas. Os cursos de Arquitectura (60), Ciências Biomédicas (50), Economia (50), Engenharia Aeronáutica (40), Química Industrial (35), Design Multimédia (40), Cinema (40) Engenharia Electromecânica (40) e Design de Moda (40) – ex-Design Têxtil e do Vestuário – possuem este ano lectivo mais lugares disponíveis. Trata-se de uma «redistribuição de vagas pelas áreas onde temos mais probabilidades de captar alunos», destaca o reitor Santos Silva, para quem as vagas atribuídas pelo Ministério da Ciência, Educação e Ensino Superior são um «saldo positivo para a UBI». Já os cursos de Engenharia Civil (70), Engenharia Informática (65), Ciências do Desporto (60), Gestão (60), Ciências da Comunicação (50), Bioquímica (45), Design Industrial (30), Filosofia (30), Marketing (35), Psicologia (40), Sociologia (40) e Optometria – Ciências da Visão (45) mantêm as mesmas do ano passado. A grande alteração verifica-se nos cursos de ensino. Ao adequar os cursos a Bolonha, a instituição covilhanense optou por juntar os cursos de Língua e Cultura Portuguesas, Português/Espanhol e Português/Inglês num só curso, passando assim a designar-se de Línguas, Literaturas e Culturas com 40 vagas disponíveis. Engenharia Electrotécnica aumenta as vagas para 25, enquanto que Electromecânica passa para 40. Mais 20 vagas neste curso em relação ao ano passado, essencialmente por causa do encerramento de Engenharia Mecânica. Matemática também reabre este ano com 15 vagas.

O curso de Ciências Farmacêuticas – o único que a instituição propôs abrir – será de cinco anos e com um ciclo de estudos integrado ao grau de mestre. Além deste, estão já adaptadas ao Processo de Bolonha – mas sem o segundo ciclo integrado – os cursos de Bioquímica, Ciências da Comunicação, Cinema, os Design de Moda, Industrial e Multimédia, Economia, Ensino da Informática, Engenharia Informática, Filosofia, Gestão, Marketing, Matemática, Optometria, Química Industrial e, por fim, Línguas, Literaturas e Culturas. Para Santos Silva, esta adequação a Bolonha será um dos grandes trunfos da instituição para «captar mais alunos». O reitor da UBI acredita mesmo que haverá mais candidatos este ano, até porque «os cursos são mais atractivos».

Quatro cursos fecham este ano

A licenciatura em Física e Química (Ensino) e as Engenharias de Mecânica, Química e Têxtil encerraram este ano na UBI devido ao reduzido número de candidatos que têm registado nos últimos anos.

Uma decisão que já se esperava do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), que vinha anunciando há algum tempo a vontade de encerrar os cursos com menos alunos. Apesar de respeitar a medida, Santos Silva não deixa de «lamentar» o fecho de Engenharia Têxtil. Não só porque se trata de um curso «emblemático» para a instituição, mas por ser uma área «determinante» para a economia do país. «Ainda é o sector que mais exporta e que mais emprega pessoas em Portugal», disse Santos Silva, apontando a necessidade de se «formar quadros qualificados» para esta indústria. Apesar de reconhecer que se trata de um curso que não tem atraído alunos nos últimos anos, o reitor acredita que este ano o cenário poderia mudar. Isto porque, para além dos esforços que se encontrava a ser feito pela instituição para captar alunos do PALOP, a licenciatura «revelou ser atractiva para os alunos com mais de 23 anos» que concorreram à UBI, disse o reitor. Por isso, Santos Silva promete «lutar pela sua abertura nos próximos anos», revelou, até porque se trata de um curso que está bem adequado a Bolonha, possui corpo docente doutorado e estruturas físicas «que não existem na Europa», notou. Quanto aos outros cursos, Santos Silva diz não estar preocupado com o seu encerramento. «As engenharias têm um tronco comum, pelo que essas especializações podem ser feitas no segundo ciclo», salientou.

Liliana Correia

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