Acaba de dar mais uma lição com a sua maneira calma de falar, gesticular, pensar e comandar, que outros responsáveis deste país vejam como foi possível o despertar deste Povo Lusitano, adormecido sobre um manto triste do fado ou agasalhado no xaile preto do infortúnio. Ensinou-nos como se afasta o nevoeiro do nosso horizonte para vermos os nossos nobres antepassados para nos animar a olhar o futuro com mais confiança.
O senhor conseguiu, numa pequena esfera de palmo e meio (o que muitos não conhecem), unir milhões de Lusitanos ao seu chamamento, e responderam: estamos aqui! E além ou onde haja terra e mar.
Deslizaram lágrimas de alegria e tristeza, mas todas elas vinham de um coração Lusitano que tinha orgulho em que elas caíssem no símbolo que empunhavam (…). Não interessa enaltecer este ou aquele jogador, todos eles são e serão os Heróis da nossa época.
O lugar conquistado podia ser o primeiro ou o último, mas aquilo que nos engrandece é ser invejados, é a dignidade com que defenderam as cores portuguesas (não contando com a bandeira humana).
Pela lei da vida estes Heróis irão ficar para trás ou irão tombar, mas podem ter a certeza que outros mais se irão levantar com mais força e vontade de vencer.
E é nessa altura que o senhor deve estar presente junto de todos nós para, novamente, comandar mais um punhado de Lusitanos.
Em lugar algum terá tanta admiração e carinho como o que aqui lhe é dedicado. Por isto tudo e por aquilo que não foi dito, mais uma vez Bem haja senhor Scolari.
António do Nascimento, Guarda
