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Trancoso vira trauma para Ginásio

Coincidências na bancada e apatia figueirense ditam empate

O Desportivo de Trancoso já virou trauma para o Ginásio Figueirense. Se nas épocas transactas era na vila de Bandarra que o Ginásio tropeçava, agora isso também já acontece no Municipal de Figueira. Com uma equipa em reconstrução – e contenção –, os locais entraram a “todo o gás”. Alias, a primeira parte foi toda dominada pelo Figueirense, com os visitantes a aparecerem em repentes.

Rápida, determinada e eficaz, a equipa da casa chegou à vantagem aos 20’, com um golo de fazer levantar qualquer estádio. Célere que nem uma “flecha”, Silva desmarcou-se e, isolado, “encheu o pé” para marcar um golo de belo efeito. Foi um tónico para Manuel Rodrigues e companhia, que podiam ter arrumado a contenda ainda no decurso da primeira parte, já que dispuseram de mais oportunidades para golo. Mas o Trancoso não deitou a “toalha ao chão”, só que não conseguiu explanar o seu futebol. O problema é que tudo mudou na segunda parte, pois o Figueira eclipsou-se por completo do jogo e permitiu aos comandados de José Afonso abeirarem-se da baliza adversária à espera de um deslize. Que aconteceu após uma perda de bola dos centrais, aproveitada por Chipi para bater um desamparado Bruno. O nervoso tomou depois conta dos figueirenses e dos auxiliares, um dos quais invalidou um golo limpo ao Trancoso. Ninguém no estádio teve dúvidas quanto à legalidade de um lance que colocaria o Figueirense em maus lençóis. A decisão do árbitro teve por isso influência no resultado final.

Alias, a arbitragem de Carlos Gomes não agradou “a gregos nem a troianos”, já que os locais também reclamaram penalti na primeira parte, para além de uma mão cheia de decisões – e cartões – errados. Com prejuízo para ambos, embora o Trancoso tenha sentido mais a “mão pesada” na acção disciplinar. O resultado acaba por se aceitar pelo que Ginásio e Desportivo produziram nas duas partes do encontro. No final houve “mosquitos por cordas” com alguns dirigentes do Trancoso a ficarem intrigados pela coincidência de José São Pedro [clube e árbitro estiveram desavindos há dois anos] estar ocasionalmente na bancada e do trio de arbitragem se ter apresentado incompleto em Figueira. Curiosamente foi ele o auxiliar que anulou o golo dos visitantes por pretenso fora de jogo.

Carlos Coelho

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