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Trabalhadores da ex-Beiralã reclamam 3 milhões de ordenados em atraso

Seia

Cerca de duas centenas de antigos e atuais trabalhadores da ex-Beiralã manifestaram-se no final da semana passada à porta da empresa para reclamar o pagamento de três milhões de euros devidos no âmbito do processo de viabilização da unidade têxtil de Seia.

Segundo Carlos João, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Alta (STBA), o objetivo do protesto era falar com o administrador da empresa para que cumpra o acordado em 2009. No final desse ano, foi garantida a readmissão de 150 operários e o pagamento de um montante da ordem dos três mil euros a cada um, uma verba correspondente aos salários que então estavam em atraso. «Foi pago cerca de 50 por cento da primeira prestação e a restante continua por liquidar, mas como não foi cumprido o pagamento da primeira prestação, as outras caíram todas, totalizando uma dívida de cerca de três milhões de euros», adiantou o sindicalista. Os trabalhadores decidiram reclamar o dinheiro em falta porque «parte das instalações da fábrica vão ser alugadas» a uma superfície comercial, acrescentou Carlos João.

A então Beiralã retomou a laboração em janeiro de 2010 com 30 trabalhadores.

De acordo com o plano de insolvência aprovado pelos credores em dezembro de 2009, a fábrica têxtil devia criar 150 postos de trabalho até ao final de 2010.

A viabilização da fábrica senense passaria também pelo pagamento da totalidade dos créditos aos trabalhadores, em duas fases, e à Segurança Social. No caso deste organismo do Estado, a administração entrega as instalações da antiga Ninafil, na Covilhã, avaliadas em 780 mil euros, e liquida o restante no prazo de dez anos.

Administração é acusada de não cumprir o acordado no processo de viabilização da unidade têxtil, em 2009

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