Júlio Santos, candidato derrotado nas últimas eleições para a concelhia do PSD da Guarda e presidente cessante da mesa do plenário, deu posse a Tiago Gonçalves no sábado.
A situação inédita ficou a dever-se ao empate registado nas eleições para aquele órgão concelhio e que vão ser repetidas a 9 de junho, no mesmo dia em que os sociais-democratas vão votar para a liderança da Distrital. «Estamos empenhados em encontrar uma lista de consenso entre os apoiantes de Alfredo Freire e António Júlio Aguiar», anunciou Tiago Gonçalves na cerimónia realizada no Paço da Cultura. No seu discurso, o novo líder concelhio assumiu como principal projeto do mandato «a mobilização» do partido para ganhar as legislativas e as europeias e a implementação do gabinete de estudos. O dirigente manifestou ainda preocupação com a possibilidade do círculo eleitoral da Guarda vir a perder um deputado em 2019: «É preciso rever a lei eleitoral e reponderar os fatores de distribuição de deputados para a Assembleia da República. Não pode ser só o número de eleitores a determinar os mandatos, o território também tem que contar», disse, apelando ao empenho do secretário-geral do partido, José Silvano, nesta matéria.
Numa sessão marcada por muitas críticas ao Governo por causa da assinatura do contrato de concessão do Hotel Turismo em Lisboa (ver pág.5), o dirigente nacional pediu «relatórios sobre os concelhos» onde o PSD é oposição «para ganhar as próximas autárquicas». E Carlos Peixoto, presidente da Distrital, considerou que Tiago Gonçalves, que integra a comissão política distrital, «já não é uma promessa do PSD, é um consagrado», enquanto Álvaro Amaro desafiou o líder concelhio a «clamar pela mobilização do partido, que só assim se unirá». O presidente da Câmara deixou ainda um conselho, que Tiago Gonçalves «não seja seguidista, a Guarda é que o deve mobilizar».
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