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Terceira condenação por corrupção para Manuel Godinho

Empresário de sucatas de Ovar foi condenado a 17 anos e meio de cadeia no processo “Face Oculta” e num segundo julgamento a dois anos e meio.

O Tribunal de Aveiro condenou esta quinta-feira a penas de prisão efetivas o sucateiro Manuel Godinho e um vigilante da natureza, que tinham sido absolvidos de um crime de corrupção num primeiro julgamento, por falta de provas.

Sentenciado a dois anos de prisão, o sucateiro de Ovar estava acusado de subornar com 2.500 euros o fiscal da Administração da Região Hidrográfica do Centro, em 2009, para evitar a fiscalização de uma extração ilegal de areias na “Quinta dos Ananases”, de que é proprietário.

Esta é a terceira condenação do empresário de sucatas de Ovar, que no processo Face Oculta foi sancionado com uma pena de 17 anos e meio de cadeia e num segundo julgamento foi condenado a dois anos e meio.

Em setembro de 2014, Manuel Godinho tinha sido condenado no âmbito do processo “Face Oculta” por 49 crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de influência, furto qualificado, burla, falsificação e perturbação de arrematação pública.

Além da pena de prisão, o sucateiro foi condenado a pagar solidariamente com outros arguidos 1,2 milhões de euros à antiga Rede Ferroviária Nacional (Refer), à Redes Energéticas Nacionais (REN) e à Petrogal. O processo “Face Oculta” está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho, nos negócios com empresas do setor empresarial do Estado e empresas privadas.

O Ministério Público acusou 36 arguidos, incluindo duas empresas, de centenas de crimes de burla, branqueamento de capitais, corrupção e tráfico de influências. Entre os arguidos estão personalidades como o antigo ministro Armando Vara, o ex-presidente da Redes Energéticas Nacionais José Penedos e o seu filho Paulo Penedos.

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