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Pedro Abrunhosa em versão acústica no grande auditório do TMG, no sábado à noite

Longe da parafernália dos Bandemónio, Pedro Abrunhosa vem à Guarda em formato acústico para um concerto intimista e de grande proximidade com o público. Um piano, uma guitarra e a voz vão ser os protagonistas de uma viagem pelos grandes êxitos do músico portuense no grande auditório do TMG. Mas no sábado à noite, além das “Canções”, como se intitula o espectáculo, também haverá tempo para pôr a conversa em dia e, possivelmente, interpretar alguns dos temas do seu último trabalho, “Luz”, editado no início desta semana.

Para Pedro Abrunhosa, trata-se de um «espectáculo despido, próximo do silêncio. Um momento irrepetível, longe dos artifícios das grandes arenas, onde serão visitadas canções que contam estórias e segredam encanto. Momentos simples, à flor da pele. Perto do sonho». Neste concerto de regresso à essência da sua música, o público pode contar com paragens nos álbuns “Momentos”, “Silêncio” e “Viagens”, acompanhadas por Cláudio Souto (piano) e Marco Nunes (guitarras). Pedro Abrunhosa é hoje um artista pop consagrado, mas começou pela música erudita e explorou depois o jazz com alguns dos grandes mestres como Paul Motion, Bill Frisell, Joe Lovano, David Liebman ou Billy Hart. Por cá, fundou a Escola de Jazz do Porto e a “Cool Jazz Orchestra”, que se transformou em “Pedro Abrunhosa e a Máquina do Som”. O projecto seguinte foi os Bandemónio e “Viagens”, editado em 1994, que alcançou um sucesso estrondoso e pôs o país a dançar e a saltar.

Seguiram-se mais quatro álbuns de originais, legando à música pop nacional verdadeiros hinos como, entre outros, “Não posso mais”, “Se eu fosse um dia o teu olhar”, “Tudo o que eu te dou” ou mesmo “Quem me leva os meus fantasmas?”, o primeiro “single” de “Luz”. Para Pedro Abrunhosa, a música «não é neutra. É uma ideologia de fraternidade», mas também «uma viagem que não se faz sozinho».

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