O primeiro golo do encontro, marcado por Oliveira aos 69 , provocou, no último domingo, a primeira explosão de alegria no Santos Pinto e deu início a um dia de “festa rija” na Covilhã. O Sporting local está de regresso à Liga de Honra uma época depois, após derrotar a Oliveirense por duas bolas a zero e assegurar o primeiro lugar da IIª Divisão B – Zona Centro. No final, jogadores, dirigentes e os muitos adeptos presentes fizeram a festa.
A equipa de Oliveira de Azeméis entrou a trocar muito bem a bola, mostrando vontade em dificultar a vida à formação serrana que, mesmo em caso de empate, garantiria a subida. Aos 7’, Tarantini poderia ter inaugurado o marcador, mas o seu remate saiu rente ao poste. Seis minutos depois foi a vez dos visitantes criarem perigo, com Ruben, em boa posição, a obrigar Luís Miguel a defesa segura. Na resposta, Rui Miguel fugiu pela direita e isolou Luizinho que, com tudo para fazer golo, frente a Artur, optou por assistir Oliveira, em posição irregular. Aos 16’, Oliveira, que fez um excelente jogo, de livre directo, ainda de muito longe, acertou no travessão da baliza de um Luís Miguel completamente batido. Mas o Covilhã também continuou à procura do golo e, aos 21’, Banjai marcou mesmo, só que o jogo já estava parado por indicação do árbitro assistente. No minuto seguinte, Rui Morais arrancou um bom cruzamento na direita para o segundo poste, com Pimenta a chegar ligeiramente atrasado.
Aos 34’, após boa jogada de envolvimento do ataque do Covilhã, Oliveira desperdiçou uma oportunidade soberana quando, isolado, permitiu a defesa a Artur. Na segunda metade, os “leões da Serra”, que acusaram alguma ansiedade, poderiam ter aberto o activo logo aos 48’. Luizinho cabeceou para golo, mas Artur fez uma grande defesa. Na resposta, Oliveira voltou a criar perigo num livre directo que fez a bola passar muito perto da baliza. Aos 61’, a Oliveirense voltou a assustar as hostes covilhanenses com Bruno Sousa a aparecer solto no lado direito e a rematar muito forte, mas ao lado. Até que, aos 69’, Oliveira rematou forte de fora da área e fez a bola entrar junto ao poste direito, com Artur a ser mal batido. Aos 83’, coube a Luizinho confirmar a subida de divisão do Covilhã ao cabecear para o fundo das redes, após um canto de Pimenta. O final do jogo ficou marcado por uma “invasão” pacífica dos adeptos que quiseram festejar junto dos jogadores. O trio de arbitragem, chefiado por João Roque, esteve bem.
Bastante emocionado, Fanã realçou a importância da subida de divisão: «Por tudo o que envolveu esta época, pelas dificuldades na formação do plantel e do trabalho no dia-a-dia, mas também pelo facto de ser um plantel bastante curto e formado, na sua grande maioria, por jogadores da região, foi provavelmente o êxito que mais gozo me deu na minha carreira de treinador», disse, mostrando «total disponibilidade» para continuar no Sporting da Covilhã na próxima temporada. Já Piguita, um dos jogadores mais experientes e que está a viver a terceira subida com a turma covilhanense, considerou que a promoção à Liga de Honra foi «merecida para todos nós». Quanto a José Mendes, presidente da direcção, classificou a subida como uma «grande vitória» conquistada por uma equipa «em que ninguém acreditava no início». O dirigente prometeu reunir um «grupo forte» para manter o clube na Liga de Honra. As faixas de campeão vão ser entregues na próxima terça-feira à noite, no complexo desportivo, num jogo frente a uma selecção de jogadores do Distrital.
Ricardo Cordeiro
