Completam-se este ano 150 anos sobre a instalação do Liceu Nacional da Guarda. Uma data que o Conselho Executivo da Escola Secundária Afonso de Albuquerque, «legítima herdeira» do centenário Liceu, não quis deixar passar em claro. Dia 18 de Junho, são esperados na Guarda mais de 300 antigos alunos da instituição, por onde passaram nomes como Vergílio Ferreira ou Augusto Gil.
António Soares, presidente do Conselho Executivo da Secundária Afonso de Albuquerque, realça que o programa das comemorações dos 150 anos da instalação do Liceu Nacional da Guarda pretende evocar uma «data muito significativa e importante» para a cidade da Guarda e para o próprio estabelecimento que dirige. Apesar da «data precisa» da instalação do Liceu Nacional ser o dia 3 de Agosto de 1855, a organização decidiu antecipar as comemorações para 18 deste mês, uma vez que depois já se estaria em período de férias escolares. Trata-se de um programa «simples», «sem nada de extraordinário», mas «digno». Até porque, «mais do que uma grande quantidade de acções interessa-nos sobretudo a qualidade delas e prestarmos um acto de homenagem à centenária instituição que é o Liceu Nacional da Guarda», realça António Soares. O programa das comemorações começa com uma missa na Sé Catedral, às 11h30m, presidida pelo Bispo Coadjutor da Guarda, D. Manuel Felício. Uma hora depois tem lugar um almoço. Às 15 horas, toda a comitiva seguirá para a Escola Secundária Afonso de Albuquerque, «herdeira natural do Liceu», onde decorrerá uma sessão solene, que deverá contar com a presença do secretário de Estado da Educação, Valter Lemos. Na mesma ocasião, «provavelmente» deverá realizar-se a entrega de prémios aos melhores alunos da Afonso de Albuquerque durante o ano lectivo. Para as 16 horas, está reservado um «ponto forte» das comemorações, a conferência “O nosso Liceu” pelo conhecido Professor Doutor Vital Moreira, um antigo aluno do Liceu, onde concluiu o ensino secundário. De seguida, será feita a apresentação do livro “Memórias do Liceu” que apresenta testemunhos de «todos aqueles que estiveram à frente da escola», bem como do historial do Liceu, indica Marília Raimundo, docente da instituição.
Entre os testemunhos relatados destaca-se o do Reitor Abílio Alves Perfeito «que ainda está vivo», frisa António Soares. Este é o «primeiro documento escrito completo sobre o Liceu e a Escola» e que ajuda a «compreender como é que tudo isto aconteceu, porque os dados estavam todos dispersos», sublinha Marília Raimundo. «Acreditamos que há pessoas no Algarve, em Lisboa, no Porto ou no Minho que vêm cá neste dia exclusivamente por causa do liceu onde andaram», acredita. Após a apresentação do livro, será apresentada uma medalha comemorativa. Simultaneamente, estarão a decorrer várias exposições, uma de «carácter histórico», com imagens dos vários edifícios, outra relacionada com a imprensa na escola, onde estarão vários exemplares do “Expressão”, o jornal da Escola que já ganhou vários prémios a nível nacional. Haverá ainda outra alusiva a algumas individualidades que frequentaram o Liceu e que são «inquestionavelmente figuras a nível nacional», como Vergílio Ferreira, Augusto Gil e Afonso Costa. «Aqui ficamos pelos defuntos, porque quando entramos nos vivos há sempre o problema do melindre e queremos evitar essas situações», salienta António Soares. Por último, será servido um lanche leve na Cantina da Escola. O presidente do Conselho Executivo da Secundária Afonso de Albuquerque considera que um «número ideal» de participantes terá que superar as 300 pessoas, o «mínimo aceitável». Os interessados podem fazer as suas inscrições pelos telefones 271223377 ou 919264917
Ricardo Cordeiro
