Não é mentira, não. Nem mesmo o regresso do desejado Batata bastou para que a Mêda conseguisse os três almejados pontos, que lhe dariam mais tranquilidade nesta luta pela manutenção na IIIª Divisão Nacional.
No último domingo, os homens de Artur Lobão pareceram acusar o peso da responsabilidade e entraram em campo bastante nervosos. A tal ponto que durante a primeira metade da partida foram uma sombra de si mesmos, permitindo ao Serzedelo o controlo das operações e a vantagem no marcador, fruto de duas desatenções defensivas. Os golos surgiram aos 36’ e 42’ e colocaram os visitantes numa situação confortável no regresso às cabinas. Os medenses devem ter ouvido das boas no intervalo, já que entraram mais pressionantes no segundo tempo e tentaram por todos os meios virar um resultado que deixava a equipa do distrito da Guarda numa posição bastante incomoda na tabela.
Fruto desse empenho, o Sporting de Mêda, já com Batata em campo – que esteve afastado do futebol no último ano devido a lesão – acabou por reduzir a desvantagem. Aos 73’, Batatinha cobrou um pontapé de canto e a bola sobrou para Edi que desferiu um remate portentoso sem hipóteses de defesa para o guardião visitante. Os locais ainda tentaram evitar a derrota por várias formas, mas tal anseio acabou por não acontecer para desolação da assistência. A Mêda soma assim a segunda derrota nesta segunda fase do Nacional da IIIª Divisão e as contas complicam-se, e de que maneira, já que tem agora duas deslocações difíceis, a Vila Meã e Leça. O trio de arbitragem, que viajou de Portalegre, fez atuação regular, no entanto quer-nos parecer que ficou por marcar uma grande penalidade a favor da Mêda por mão na bola de um adversário na área.
Fernando Araújo
