Em mais uma jornada do Nacional da IIIª divisão – série C, o Souropires perdeu pela margem mínima na deslocação a uma aldeia do concelho de Castro Daire para defrontar o Social de Lamas, que já milita há três épocas neste escalão. Num campo pelado, de reduzidas dimensões e com fracas condições, até mesmo para a comunicação social, o Souropires, através de um esquema muito bem montado, conseguiu segurar o ímpeto do adversário e criar perigo, de vez em quando, em contra-ataque. O intervalo chegou com as equipas empatadas a zero bolas, um resultado justo, atendendo ao futebol, nem sempre bem jogado, apresentado pelas duas equipas.
O Souropires regressou para a segunda parte com a intenção de controlar a partida e conseguiu os seus intentos, já que foram raras as vezes em que o Lamas chegou com perigo à baliza de Valezim. O tempo foi passando e os visitantes iam controlando a partida, até que chegou a altura em que o árbitro descortinou uma grande penalidade, aos 78’, por pretensa falta de Galhardo sobre o possante Gil, recém-entrado na equipa do Lamas. Do local onde nos encontrávamos, mesmo em cima do lance, já que tivemos que realizar o nosso trabalho junto a um dos topos do campo, não descortinámos qualquer falta pelo que não havia motivo algum para tal decisão. Ricardo aproveitou para marcar o único golo do jogo, enquanto o Souropires viu ruir todo o trabalho realizado. A juntar a isto, a equipa ainda ficou reduzida a dez elementos por expulsão de Galhardo. Os homens de Manuel Barbosa tudo fizeram para virar o rumo dos acontecimentos, mas não o conseguiram saindo injustamente derrotados de Lamas pelo mau trabalho realizado pela equipa de arbitragem, que teve influência directa no resultado final e prejudicou o espectáculo. Também a equipa da Rádio F foi alvo de agressões verbais por parte de alguns espectadores, tendo sido obrigada a sair do recinto de jogo sob escolta da GNR e pelos atletas do Souropires, fazendo parte da viagem de regresso no autocarro da formação do concelho de Pinhel.
Fernando Araújo/Rádio F