Uma sondagem que procurou antecipar os resultados do referendo do próximo domingo, na Grécia, aponta a vitória do “Sim”, contra o “Não” defendido pelo governo de Alexis Tsipras às condições impostas pelos credores europeus, adianta a imprensa internacional.
A consulta elaborada pela GPO para o banco BNP Paribas aponta 47 por cento para o ”Sim” às propostas do Eurogrupo, contra 43,2 por cento pelo “Não”, defendido pelo governo helénico, restando pouco mais de 6 por cento de indecisos. Este resultado, a verificar-se, pode ter como consequência a demissão do Executivo de coligação liderado pelo partido de esquerda radical Syriza.
Outra sondagem, publicada na imprensa grega na quarta-feira, indica que o apoio ao “Não” desceu 11 pontos, recuando de 57 por cento para 46 por cento, enquanto os votos pelo “Sim” aumentaram 30 por cento, para 37 por cento, com uma percentagem de 17 por cento de “indecisos”.
A progressiva perda de peso das intenções de voto no “Não” está a ser explicada pelo efeito do “’corralito” bancário (fecho dos bancos e limites de levantamento em terminais ATM), imposto desde domingo passado.
Enquanto, as sondagens vão mostrando um desfecho improvável – entre o “Nai” (sim) e o “Oxi” (não) – certo é que os credores europeus apenas voltarão à mesa das negociações depois da consulta ao povo grego e, que segundo já admitiu o ministro das Finanças grego, em nome pessoal, a vitória do “sim” pode levar à (sua) demissão do Executivo liderado por Tsipras.