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Sindicato têxtil avisa que desempregados sem subsídio vão aumentar em 2010

Luis Garra, dirigente do STBB, reclama apoios adicionais para fazer face a esta situação

O presidente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa (STBB), Luís Garra, reclamou mais apoios sociais adicionais em 2010 face ao previsível aumento de desempregados sem direito ao respectivo subsídio na região. Este é um dos sectores mais afectados pelo desemprego no distrito de Castelo Branco, onde, desde 2000, encerraram 57 empresas e perderam-se 4.800 postos de trabalho, segundo números daquela estrutura sindical.

«Gostava de dizer que se chegou ao fim da linha, mas, infelizmente, ainda temos situações que merecem alguma preocupação», disse o dirigente, apontando o sector das confecções. «Há casos concretos, que são públicos, em que as empresas podem ser salvas se houver uma intervenção», referiu, apontando as confecções Proudmoments, no Fundão, paralisadas desde o último trimestre e com 120 postos de trabalho suspensos. «Há um compromisso de que a empresa tentará arranjar uma solução em Janeiro para pôr a fábrica a trabalhar», acrescentou. Também a aguardar «por soluções» esta a Vesticon, no Tortosendo, que no início do ano empregava 200 pessoas, mas conta agora com apenas 50. A nível geral, em todo os sectores de actividade do distrito, Luís Garra acredita que haja «mais de 11 mil desempregados» e que «perto de 40 por cento» não terão direito a subsídio de desemprego.

«O que vai acontecer é que muitos dos que entraram no desemprego em 2008 terminam em 2010 o período em que recebem o respectivo subsídio, pelo que vai aumentar a percentagem de desempregados sem esse apoio», avisa, afirmando que «nem a redução do período mínimo para concessão do subsídio (de 450 para 365 dias de trabalho nos últimos dois anos) vai compensar». Para Luís Garra, «esta situação tem que requerer necessariamente medidas adicionais de protecção social», enquanto defende a criação de novas fontes de financiamento da Segurança Social. «É uma discussão inevitável em 2010, porque não se podem continuar a exigir isenções ou financiamentos através do sistema de Segurança Social sem lá meter dinheiro», declarou.

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