O distrito tem sete corporações sem comandante. O alerta foi dado pelo grupo bombeirosdistritoguarda.com, ao mesmo tempo que anunciou o pedido de demissão do comandante dos voluntários de Gouveia, Armindo Sousa.
«Nestes últimos meses temos assistido à demissão sistemática de comandantes no distrito da Guarda. A principal causa depreende-se com o facto de haver divergências entre as direcções dos corpos de bombeiros», pode ler-se no portal dos bombeirosdistritoguarda.com. O grupo acrescenta ainda que Gouveia é a sétima corporação, das 23 existentes, sem comandante, afirmando que «nunca o distrito esteve perante tal situação». Assim, segundo os dados avançados pelo grupo, Seia, Vila Nova de Tazém, Gouveia, Melo, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Famalicão da Serra, estão sem comandante. No caso de Seia, não é nomeado um comandante há cerca de dois anos. No entanto, António Fonseca, comandante distrital do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) na Guarda, desmente o grupo afirmando que «todos os corpos de bombeiros têm comandante». Apesar de não se querer alongar no assunto o comandante adianta que «quando por algum motivo uma corporação fica sem comandante, a pessoa mais graduada da corporação assume o comando, até que a direcção nomeie um novo comandante», refere. António Fonseca salienta ainda o facto de todas as nomeações terem de ser homologadas por ele, embora «não tenha qualquer influência na eleição dos comandantes». O comandante distrital refere que neste momento não existe «nenhuma» corporação sem comandante ou pelo menos comandante interino, «cujas competências são as mesmas». Em relação à intenção de demissão do comandante de Gouveia, o comandante distrital do SNBPC disse não ter conhecimento, escusando-se a fazer comentários. No entanto, segundo o grupo, «em causa estão divergências com a direcção da Associação». Contudo, “O Interior” sabe que Armindo Sousa ainda não efectuou o pedido de demissão.
