Sete é um número simbólico e está associado aos pecados mortais, aquelas características que todos os homens têm e definem uma série de personalidades e comportamentos em todas as raças, etnias e cores. Por estes sete somos irmãos. Sete é também símbolo das maravilhas. Pirâmides de Gizé, Jardins suspensos da Babilónia, Estátua de Zeus em Olímpia, Templo de Ártemis em Éfeso, Mausoléu de Halicarnasso, Colosso de Rodes, Farol de Alexandria. E sete foram os dias que Bush demorou a destruir o Iraque, onde mais de metade das maravilhas existiam. E sete meses foi o julgamento bárbaro de Saddam, e sete minutos o linchamento de Ceaucescu. Sete maravilhas e sete pecados, sempre lado a lado. Sete foi um jornal cultural e tinha na página sete uma mulher despida. Aí se lançaram muitos dos cronistas de hoje, dos críticos de arte. Sete são as saias da Nazaré, e sete foram os anos que Jacob serviu Labão, pai de Raquel, querendo-a a ela por prémio. Sete mares e sete aventuras em cada um seria um livro heróico, a epopeia de tantos marinheiros. E levo eu sete anos escrevendo na Guarda sem parar. Sete é realmente um número mítico e especial.
Por: Diogo Cabrita