A Câmara de Seia não abdica do reforço de efectivos e de um comando de destacamento da GNR na cidade, pelo que já solicitou uma audiência ao novo ministro da Administração Interna, António Costa.
Trata-se de uma reivindicação antiga, retomada recentemente no Conselho Municipal de Segurança pouco depois do major Óscar Rocha, novo comandante distrital da GNR, ter manifestado algum cepticismo quanto a essa possibilidade. «O comando de um destacamento não traz, em termos operacionais, nenhuma mais-valia à qualidade ou à quantidade do policiamento», disse, em entrevista a “O Interior”, admitindo propor a instalação do comando em Seia «se ficar evidente que há benefícios na mudança, agora mudar por mudar não faz sentido». Avisa, no entanto, que para a GNR «faz pouco sentido, em termos estratégicos, deslocalizar um comando para um extremo», aludindo ao facto do actual destacamento de Gouveia abarcar os concelhos de Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia e Seia.
Quem não abdica dessa opção é Eduardo Brito. O autarca senense insiste que «não é razoável» que um concelho com perto de 30 mil habitantes, como o de Seia, tenha 35 efectivos, «quando ao nosso lado está uma cidade com 3.300 habitantes e 80 efectivos, entre GNR e PSP», referindo-se a Gouveia. «É uma anormalidade que não pode ser mantida», sublinha Eduardo Brito, que, na semana passada, teve a oportunidade de abordar estes assuntos com o Comandante Geral da GNR, de visita a Seia, para além das instalações provisórias do quartel da GNR de Paranhos da Beira.
