O Pai Natal é uma figura importante em qualquer celebração natalícia, cuja tradição é bastante antiga. Nos países nórdicos, era costume alguém vestir-se com peles e representar o «Inverno», visitando as casas onde era presenteado com bebidas e comida. Os nórdicos acreditavam que se tratassem bem essa figura a sorte iria abençoar a casa.
Mais tarde, o Pai Natal, velhote, boémio, alegre e robusto, foi associado à figura de São Nicolau, bispo nascido na Anatólia (actual Turquia) no século III. Filho de gente rica, sabe-se que Nicolau foi ordenado sacerdote por um tio, então bispo de Mira, onde ficou incumbido de governar a diocese enquanto o seu parente fazia uma peregrinação a Jerusalém. Após a morte deste, é eleito, contra a sua vontade, bispo de Mira. O desprendimento pela riqueza é um pormenor que a história reteve de São Nicolau. Conta-se que depois da morte dos pais, distribuiu pelos necessitados tudo o que herdou. A sua generosidade deu origem a lendas segundo as quais ele visitaria a casa das crianças no dia 6 de Dezembro para lhes dar presentes. São Nicolau, um dos mais populares santos dos primórdios da cristandade, terá morrido em 324 da nossa era. A trasladação das suas relíquias para Bari (Itália) em 1087, relançou a sua fama.
A figura de São Nicolau, padroeiro da Rússia, acabou ainda por ser aproveitada nos países nórdicos, que lhe abreviaram o nome para Sanctus Claus, o Santo Claus que deixava os presentes junto ao fogo do lar, do presépio. Mais tarde, estas duas figuras foram associadas, embora só no século XIX tenha nascido uma imagem definitiva do Pai Natal pela mão do norte-americano Clement Moore. O seu poema, escrito em 1822, «Uma visita de São Nicolau» retratou-o para a posteridade: um velhote gordinho e alegre, que se desloca num trenó puxado por oito renas e que entra em casa pela chaminé.