No fundo, vivenciamos todos desafios comuns. Como prolongar o uso gastando menos, reciclando mais, incorporando materiais que não sabemos que destino dar. É a regra do reduzir reciclar e reutilizar. As estrada estão a ser palco de uma enorme revolução e se pensarmos no paradigma anterior de criar aterros de milhões de toneladas de asfalto percebemos a vantagem de reutilizar aquele que se degradou, fissurou, ganhou pele de crocodilo e meter esta roupa numa máquina, juntar-lhe pneus velhos e cimento e conseguir uma emulsão estável e duradoira. Assim teríamos um tapete com boa aderência, com mais durabilidade que o macadame hidráulico e a velha mistura betuminosa a quente. Mas o genial é incorporar pedaços das construções demolidas, dos interiores dos automóveis, dos sacos plásticos e, porque não, das chicletes. Imaginem esta mistura de velhas casas, 40.000 pneus, duas toneladas de pastilhas elásticas, o velho alcatrão e percebam como é lindíssimo esse novo aterro útil, agora nomeado IC12 ou “a estrada do Atílio”. A ciência estuda os ligantes que fazem este milagre e permitem menos fendas, melhor drenagem e mais aderência, com menos poluição e mais reciclagem. Assim melhoramos o Mundo.
Por: Diogo Cabrita