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PSD quer conclusões no caso dos projectos de Sócrates

Relatório final pode ser apresentado no próxima reunião de Câmara da Guarda

Passado quase um ano sobre a polémica e face à ausência de conclusões, o PSD quer conhecer o relatório final do caso dos projectos de engenharia assinados por José Sócrates no concelho da Guarda. «Solicitámos ao presidente da Câmara que o assunto venha à próxima reunião do executivo [agendada para 28 de Janeiro]», adianta a vereadora Ana Manso.

Um pedido já correspondido por Joaquim Valente, que deu instruções para que, na quarta-feira, se faça o ponto da situação do trabalho levado a cabo desde Fevereiro de 2008 pela comissão de averiguações então nomeada. «Havia o compromisso de esclarecer o caso em seis meses, mas já passou quase um ano e continuamos sem conhecer o resultado das averiguações», criticou a também deputada na Assembleia da República. Dizendo que «já é hábito o executivo querer fazer esquecer questões pouco esclarecidas», Ana Manso sustenta que a opinião pública quer saber «se foram ou não assinados indevidamente projectos de engenharia, mas também como é que foram depois aprovados pela Câmara e qual é a sua situação». Um esclarecimento que «também interessará ao próprio primeiro-ministro», considera.

José Sócrates é acusado de ter assinado, na década de 80, projectos de engenharia, cuja autoria é, alegadamente, de técnicos da Câmara, os quais estavam legalmente impedidos de os fazer. Entre os visados estão o actual presidente do município, Fernando Caldeira, director de departamento na Câmara, e António Patrício, actualmente em comissão de serviço na Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro. Todos têm em comum o facto de serem engenheiros técnicos e antigos colegas de José Sócrates no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra. A comissão de averiguações é composta por funcionários da autarquia – três juristas e os dois directores dos departamentos Administrativo e de Planeamento e Urbanismo.

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