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Primeiro estudo sobre dor crónica já começou

O primeiro estudo nacional sobre a incidência da dor crónica arrancou terça-feira, com o objectivo de avaliar também o seu impacto económico e sobre os serviços de saúde, adiantou à agência Lusa o coordenador do trabalho, José Castro Lopes.

Realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em colaboração com a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), e com o apoio de dois laboratórios, a Grünenthal e a Janssen-Cilag, o estudo pretende igualmente avaliar as opções terapêuticas utilizadas na dor crónica e as barreiras para o tratamento. O lançamento do estudo ocorreu no Dia Nacional de Luta Contra a Dor. O trabalho deverá estar concluído dentro de dois anos. José Castro Lopes, que é também presidente da APED, realçou que «em Portugal não se sabe nada sobre a incidência da dor crónica» e que esta informação é «necessária para definir quais as acções prioritárias» no seu tratamento. Enquanto a dor aguda pode servir de alerta, a dor crónica não tem qualquer consequência benéfica e pode conduzir a alterações marcadas do organismo, que envolvem, entre outras, diminuição da resistência a infecções, perda de apetite, insónia, depressão, podendo em casos extremos levar ao suicídio.

Em muitos casos, a dor crónica mantém-se também para além da cura aparente da lesão que lhe deu origem, tornando-se assim no único ou principal problema do doente. O estudo, que será efectuado através de entrevistas telefónicas e presenciais, pretende ainda avaliar as atitudes e experiências individuais em relação à dor, tanto do doente, como dos seus familiares, amigos, colegas e também dos médicos.

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