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Portugal-Brasil e vice-versa

Quando ouço o Roberto Leal falar de “Porrtugal” com toda aquela carga de carinho em que consegue que as palavras se transformem num enorme abraço a Trás-os-Montes, terra de seus avós, surpreendo-me a pensar no quanto somos moldáveis perante a grandeza ou pequenez das coisas…

Os brasileiros amam a nossa terra, como uma pequena jóia, mãe da sua Pátria e onde, de uma forma geral, são bem acolhidos, ficando muitos e muitos deles por cá, organizando as suas vidas, fugindo à agitação das grandes metrópoles. Nós, portugueses, extasiamo-nos com a enormidade desse Brasil, assim como pais de pequena estatura se envaidecem com os seus rebentos de porte atlético. A quilómetros de distância estão os milhares de portugueses, uns por necessidade, outros por ambição, outros ainda porque o seu país se tornou pequeno para os seus investimentos, lá se integram e adoptam essa terras longínquas como suas. E é deste intercâmbio sócio-cultural humanizado que nascem outros valores que constituem essas uniões e que só os portugueses, como povo que há vários séculos se dinamizou nas descobertas, ainda hoje se mantém firme pela sua crença, pela sua força e por acreditar que o amor vence todas as barreiras.

Por todas estas razões, creio que, apesar das nossas muitas falhas, continuaremos a ser um grande país.

Zelinda Rente, Freches (Trancoso)

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