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Mais vagas só para Medicina

As três instituições de ensino superior da região oferecem, este ano, 3.031 lugares

A Universidade da Beira Interior (UBI) e os Institutos Politécnicos da Guarda (IPG) e de Castelo Branco (IPCB) oferecem, este ano, um total de 3.031 vagas, distribuídas por 73 cursos.

A UBI é a instituição da região com o maior número de vagas disponíveis. São 1.260, referentes a 28 cursos. Em relação ao ano anterior, há um aumento de 20 lugares, nos cursos de Medicina e Arquitectura (10 em cada). Arranca também um novo curso, de Biotecnologia, com 35 vagas. No entanto, e devido às condicionantes impostas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), o número de ingressos teve de ser reduzido em cursos como Bioquímica (menos cinco vagas) e Tecnologias e Sistemas de Informação (menos 20). É que a legislação determina que nenhuma instituição pode ter um número de cursos e vagas superior aos valores do ano passado. A excepção foram novamente áreas como a Medicina. Outra das alterações aconteceu com o curso de Português-Espanhol, que mudou de designação para Estudos Portugueses e Espanhóis. «Procurámos seguir as linhas orientadoras do MCTES», refere Santos Silva. Por isso, apenas Medicina tem mais vagas, até porque o objectivo é «transformar a UBI num importante “cluster” do ensino da saúde», adianta o reitor.

Quanto ao aumento do número de vagas ser pouco significativo, Santos Silva considera que o que interessa «é que vagas actuais sejam preenchidas por bons alunos, não defendemos o aumento indiscriminado de lugares». Já, pela negativa, destaca o facto de deixar de haver vagas no curso de Matemática, que, nos últimos três anos, funcionou sem financiamento e com poucos alunos. Apesar disso, o reitor confessa que estava disposto a dar continuidade à licenciatura, mesmo nessas condições, «por se tratar de uma área de ensino estratégica e que agora deixa de existir no interior». Em horário pós-laboral, a UBI vai ainda leccionar Engenharia Têxtil.

IPG estreia “Restauração e Catering”

Para o IPG há 799 vagas, tantas quantas havia no ano passado. A grande novidade é o arranque do curso de Restauração e Catering (20 lugares) na Escola Superior de Turismo e Telecomunicações de Seia. «Acreditamos que é uma área muito apetecida pelos alunos e que vai constituir um pilar fundamental para aquela escola, a par dos cursos que já leccionávamos», considera o presidente do IPG, Jorge Mendes. Entretanto, na mesma escola “desaparece” o curso de Informática para o Turismo. «O que não significa que não regresse para o ano», refere. Adiado no IPG ficou também o curso de Protecção Civil, que até já foi aprovado. Jorge Mendes assegura que, para o ano, a licenciatura «será, certamente, uma realidade», justificando-se com «as limitações do número de cursos impostas pelo ministério». Quanto à restante oferta do Politécnico, a licenciatura em Animação Sócio-Cultural (na ESEG) perdeu cinco vagas em relação a 2007, à semelhança de Contabilidade e Marketing (ESTG).

Ao invés, Comunicação e Relações Económicas (ESEG) ganhou cinco lugares, bem como Design do Equipamento e Gestão (ESTG). Apesar do número de vagas se manter, Jorge Mendes recusa-se a falar em estagnação: «Aliás, até considero positivo que haja controlo sobre essa matéria. Se assim não fosse, as faculdades do litoral facilmente suplantariam as do interior, uma vez que teriam maior oferta e menos alunos escolheriam as nossas instituições», acredita. Já no Instituto Politécnico de Castelo Branco há 972 vagas. A primeira fase de candidaturas ao Ensino Superior termina dia 23 e destina-se aos estudantes que reuniram as condições necessárias após a afixação dos resultados da primeira fase dos exames nacionais.

Rosa Ramos

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