Três dos quatro arguidos pelo homicídio qualificado de uma idosa em Seia, no ano passado, foram condenados a penas entre 14 e 19 anos de prisão pelo tribunal local, que absolveu uma mulher por ser considerada inimputável.
A sentença foi proferida na passada sexta-feira, com o coletivo de juízes a considerar provados todos os crimes de que vinham acusados. Tudo aconteceu na noite de 5 de janeiro de 2011, numa casa isolada do lugar da Catraia de São Romão, naquele concelho. A vítima, de 79 anos, foi roubada e morta com um golpe de arranca-pregos na cabeça, tendo o seu corpo sido descoberto dez dias depois por uma vizinha, que chamou a GNR. O tribunal sustentou que Francisco Diamantino foi o autor material da morte de Maria de Jesus, que vivia sozinha, tendo-o condenado a 19 anos de prisão, em cúmulo jurídico, por homicídio qualificado e furto. O juiz Miguel Castro, que presidiu ao coletivo, relevou as contradições no seu depoimento – durante o qual se declarou inocente – e considerou-o o «mentor ou cérebro» do grupo.
António Mendes foi sentenciado a 14 anos e seis meses por homicídio qualificado, furto e furto qualificado e Maria Rosa Mendes a 14 anos e três meses por homicídio e furto qualificado. Quanto a Umbelina Vinagre, o tribunal decretou a sua absolvição e o seu internamento por um período mínimo de três anos. De resto, a arguida não assistiu à leitura da sentença por estar internada no Hospital Sobral Cid, em Coimbra. O acórdão refere ainda que os arguidos, todos residentes no concelho serrano e com idades compreendidas entre os 41 e 64 anos, são os autores de outros furtos em casas isoladas na região e que Umbelina Vinagre se fazia passar por funcionária da Segurança Social. Os advogados de defesa disseram aos jornalistas que vão recorrer da sentença, enquanto o representante da família da vítima não quis prestar declarações.
